O Socialismo falhou. O Socialismo falhou de todas as vezes que tentou ser implementado. A geração mais nova, menos amedrontada e permeável aos fantasmas do passado, tornou-se mais consciente do que é este caminho para o comunismo que governa Portugal há 21 dos últimos 28 anos: expropriações de propriedade privada previstas no programa “Mais Habitação” como meio de colmatar o problema da habitação causado pela falta de oferta; centralização do poder no Estado central completamente alienado da vida real, mas excessivamente interventivo na mesma; Educação e Saúde públicas por defeito, e, portanto, eternamente insuficientes para dar resposta à procura; impostos elevados para financiar serviços públicos dos quais não se pode prescindir nem se subscreveu; salários baixos, barreiras à criação de negócios e investimentos…
Os Portugueses temem as mudanças, e essa resignação tem sido bastante conveniente para o bipartidarismo que se tem limitado a gerir o país: Portugal não cresce há cerca de 20 anos. Vai sendo gerido, aos tombos, sem reformas estruturais, pensado a curto prazo pelos políticos que vão rodando entre si pastas, ministérios, assessorias… as mesmas caras.
Portugal é um dos países mais pobres da União Europeia e é por essa razão que 20% dos Portugueses já vive fora do país em que nasceu.
Dito isto, sobretudo os mais jovens, já não têm nada que temer: o Socialismo falhou. E assim, à semelhança do resto da Europa, todas as sondagens apontam para um crescimento de partidos mais à direita.
O diagnóstico está feito, a solução não foi correctamente identificada.
O problema do país é o Estatismo que de tão central na ideologia Socialista, se confundem, mas não é exclusivo desta. Os políticos movem-se naturalmente pelo desejo de poder, e uma Sociedade em que o Estado tudo provê faz do cidadão um viciado em Estado, dependente dos políticos heróis e salvadores. Num país de baixos salários, ser político profissional é tentador e, portanto, é conveniente esta dependência Estatal.
Que vai prometer um político se de si pouco depender?
Não há promessas doces que não custem nada ao cidadão, o Estado não produz nada, apenas tira e distribui de acordo com os seus próprios critérios.
O intervencionismo que as principais forças políticas em Portugal defendem para sua conveniência implica propostas que certamente não vos são estranhas:
Mais regulamentações, controlos de preços, atribuição de subsídios, interferindo no livre funcionamento da oferta e procura, resultando em distorções que prejudicam a eficiência económica. Isso leva a escassez de bens e serviços, inflação, e desequilíbrios no mercado.
Num exemplo prático:
Quando os partidos propõem o aumento dos salários mínimos, na realidade eles estão a impor a empresas privadas a obrigação de pagar a um funcionário uma determinada quantia, ignorando se esse empregador quer ou pode pagar esse valor. Se não for o caso, a empresa reduz funcionários. Então supondo que o Estado herói decide intervir novamente, e proibir despedimentos? A empresa se for internacional, e as imposições Estatais não lhe forem convenientes, simplesmente deixa Portugal e os seus trabalhadores; se for pequena acaba ou recorre à fraude como modo último de sobrevivência.
Quando compreendemos que o Estado não produz nada e não oferece nada que não tenha retirado anteriormente aos cidadãos em impostos, é dedutivo que seja do interesse das pessoas reduzi-lo às funções essenciais.
Os Portugueses não precisam de pagar por uma companhias aérea que não usam, nem por um canal de televisão que não vêem. Também não cabe aos Portugueses salvar com o dinheiro que lhes é retirado empresas inviáveis, cuja má gestão ou o próprio mercado atirou para a irrelevância… Mas os políticos vão fazer-vos acreditar que sim: haverá sempre uma clientela a servir-se nos meandros…
Da esquerda, à direita.

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