O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, conseguiu fechar um acordo de coligação com o partido ultranacionalista religioso Bayit Yehudi para formar o seu quarto Governo, um acordo conseguido mesmo no final do prazo limite permitido.

A menos de duas horas de terminar o prazo, Benjamin Netanyahu informou a Presidente de Israel, Reuvén Rivlin, que tinha conseguido um acordo para formar o seu terceiro Governo consecutivo, o quarto em que é primeiro-ministro, mas terá uma margem escassa.

O acordo conseguido com a formação ultranacionalista, liderada por Naftalí Bennet, dá ao partido de Netanyahu 61 deputados no Knesset (Parlamento de Israel), num total de 120.

A coligação será assim formada por cinco partidos: o partido de Netanyahu e vencedor das eleições, o conservador Likud, que tem 30 deputados; o partido de centro-direita Kulanu, com 10 deputados; o partido ultraortodoxo Shas, com 7; o Partido Judaísmo Unido da Tora, com 6; e finalmente a formação ultranacionalista Bayit Yehudi, com 8.

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Os detalhes do acordo serão dados a conhecer na próxima semana por Benjamin Netanyahu no Parlamento, diz ainda a Presidência de Israel.

Um governo de guerra, diz a Palestina

A reação do lado palestiniano não se fez esperar. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) criticou a formulação conseguida por Netanyahu para a coligação que vai suportar o próximo Governo e diz que este será mais um Governo para promover a guerra e não a paz.

“Este Governo visa matar, e reforçar a colonização” nos territórios palestinianos, disse à agência de notícias francesa AFP o membro da comissão executiva da OLP Saeb Erakat, numa primeira reação à formação apresentada.

“Este é um Governo de união para a guerra e contra a paz e a estabilidade na nossa região”, acrescentou.