O maior evento de videojogos de Portugal começa esta quinta-feira, na FIL, e durante quatro dias Lisboa irá respirar videojogos. Além da expectável cobertura do evento, este ano o Rubber Chicken assume também a co-organização do Auditório ISCTE-IUL e vê ainda alguns dos seus membros a cargo de erigir o Indie Dome, um projeto de curadoria e de aposta na divulgação de estúdios nacionais e de pequenos estúdios internacionais.

Para quem está a par da atualidade sobre videojogos, o Lisboa Games Week dispensa apresentações. Na sua terceira edição, o festival que detém a distinção de maior do país, enche os pavilhões da FIL de 17 a 20 de novembro para trazer para o público português tudo o que de melhor se faz em videojogos. E fá-lo numa perspetiva abrangente e rica em diversidade, mostrando produtos para todos os gostos.

De um espaço família recheado de atividades lúdicas e jogos para crianças, com um Museu de videojogos a pedir uma visita, até zonas onde as vertentes competitivas dos videojogos são afinadas à perfeição, com diversos eventos de eSports no cardápio, o Lisboa Games Week promete distribuir ao longo dos seus quatro dias um cardápio variado e recheado de novidades que certamente agradarão aos mais de 60.000 visitantes esperados.

A vertente de eSports trará competições de League of Legends, Counter-Strike: Global Offensive e Overwatch. Visitantes com menos interesse em competições poderão passear pelo Espaço Fantástico ou pelo espaço dedicado aos Youtubers, onde figurarão algumas das caras mais conhecidas das streams nacionais.

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O apelo à nostalgia é feito por uma zona dedicada a retro games e a pinball, num mergulho nas salas de arcadas das décadas de 80 e 90. No extremo oposto, os lançamentos em primeira mão dos jogos mais aguardados dos próximos tempos, para diversas plataformas, gostos e feitios. Espaço ainda para vários ambientes de simuladores para quem procurar uma experiência mais próxima da realidade, com a Sony PlayStation mais uma vez a demonstrar a quase-hegemonia do mercado de consolas domésticas em Portugal e a ocupar grande parte do espaço (físico) do certame.

Além das gigantes Sony, Microsoft e Warner Bros, o Indie Dome abre as portas para, na sua primeira edição, mostrar ao público aquilo que de melhor se faz com orçamentos comedidos. É um pavilhão dedicado a jogos Indie onde pequenos estúdios e empresas internacionais estão, pela primeira vez, paredes-meias com os autores dos melhores jogos feitos em Portugal. Uma seleção criteriosa e variada com aquilo que de melhor se faz a nível amador, estudantil ou apenas sem orçamentos milionários, e que devido ao seu pequeno mediatismo dificilmente chegariam ao conhecimento do público português.

No mesmo pavilhão, há espaço também para o auditório do ISCTE-IUL, verdadeiramente recheado de talento e ensinamentos válidos para aqueles que ambicionam seguir uma carreira na área dos videojogos, ou que apenas procurem saber mais sobre um dos seus passatempos. Depois, há um sem-número de workshops, seminários e debates que prometem dias cheios até domingo.

Ricardo Mota, Rubber Chicken