O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho rejeitou esta terça-feira qualquer falta de transparência no controlo da Caixa Geral de Depósitos entre 2013 e 2015, destacando um “nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior” do que no passado.

O líder do PSD foi questionado esta terça-feira, em Lisboa, pelos jornalistas sobre o relatório do Tribunal de Contas no qual acusa o Ministério das Finanças de “falta de controlo” na Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2013 e 2015 e salienta que o Estado aprovou documentos de prestação de contas sem ter a informação completa.

“Não há nenhuma falta de transparência, pelo contrário, penso eu. Não acredito que o Governo pense de outra maneira e aquilo que existe é um nível de auditoria com profundidade e exigência muito maior do que existiam no passado”, enfatizou.

Passos Coelho destacou que “tem havido uma melhoria de transparência, de auditoria, de monitorização que abrangeu todas as instituições do setor empresarial do Estado”. “No caso das instituições do setor financeiro essas exigências ainda eram superiores e foram realizadas por entidades que têm mais vocação do que a Inspeção-Geral das Finanças para as poder fazer, em particular o próprio Banco de Portugal”, sublinhou ainda.

Antes dele, já a sua ex-ministra das Finanças e atual deputada do PSD, Maria Luís Albuquerque, tinha feito a defesa do Governo anterior, nos mesmo moldes: “A aprovação das contas da CGD era feita com toda a informação necessária. A Caixa é escrutinada por entidades nacionais e europeias que colocam graus de exigência muito superiores” aos da Inspeção-geral de Finanças. garantiu Maria Luís.

E a ex-ministra atirou mesmo ao atual Governo que “está em funções há um ano e até agora não fez nada”: “Continuamos sem saber quanto dinheiro dos contribuintes vai ser colocado na CGD, quais são as consequências para a atividade do banco e para os seus trabalhadores e para que servirá a injeção de dinheiro público”.

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