O Governo vai lançar, esta segunda-feira, cinco linhas de Crédito Capitalizar para as pequenas e médias empresas (PME), no âmbito do programa Capitalizar, no montante de 1.600 milhões de euros, disse à Lusa o ministro da Economia. Com “o lançamento destas novas linhas, no montante de 1.600 milhões de euros, vamos ter um conjunto completo de instrumentos de financiamento às empresas”, afirmou Manuel Caldeira Cabral, que inclui instrumentos de investimento de projetos 2020, de plafond de tesouraria ou maneio, “respondendo de forma ampla e abrangente às necessidades de todas as empresas portuguesas”.

O governante salientou que “as empresas precisam claramente de investimento e precisam destas linhas, que podem ser com prazos de três a 10 anos, prazos relativamente amplos para poderem investir com confiança. Mas precisam também de financiar a sua atividade, em particular as empresas exportadoras que neste momento estão a ter um aumento da atividade, precisam também de linhas de financiamento e de fundo de maneio para poderem financiar não só os investimentos, mas também financiar a atividade corrente, podendo comprar matérias-primas, pagar salários, para depois, quando exportam, terem o retorno e receberem os seus rendimentos”.

Estas linhas Capitalizar incluem instrumentos de apoio “às pequenas empresas para investimento, mas incluem também linhas de apoio ao fundo de maneio para as empresas gerirem melhor a sua tesouraria”, afirmou, acrescentando que também incluem apoios para as empresas ‘mid-caps’, ou seja, “para empresas que têm maior dimensão”. Manuel Caldeira Cabral adiantou que estas são linhas “complementares aos instrumentos” que já tinham sido lançados.

As cinco linhas de Crédito Capitalizar são destinadas a PME com montantes de financiamento por empresa entre 25 mil e dois milhões de euros. A linha Micro e Pequenas Empresas tem uma dotação de 400 milhões de euros e tem como objetivo potenciar o acesso a financiamento para investimentos em ativos e reforço de capitais para aquelas empresas. Já a linha Fundo de Maneio tem uma dotação de 700 milhões de euros e visa complementar a linha IFD, alargando as restrições do uso de operações para reforçar o Fundo de Maneio ou Capital.

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Por sua vez, a linha de Plafond de Tesouraria conta com 100 milhões de euros e visa apoiar a introdução de plafonds de crédito em condições acessíveis para todas as empresas, enquanto o instrumento Investimento Geral, que também conta com 100 milhões de euros, tem como objetivo financiar investimentos em ativos com elevado prazo de recuperação.

A linha Investimento Projetos 2020 tem uma dotação de 300 milhões de euros. “São linhas que pretendem dar dinheiro às empresas com prazos mais favoráveis do que a banca consegue conceder, como também spreads mais baixos, permitindo assim às empresas, em particular às pequenas e medias empresas financiarem-se num contexto mais amplo do que as linhas que já tínhamos lançado anteriormente”, afirmou o ministro.

Relativamente às linhas lançadas anteriormente, Manuel Caldeira Cabral disse que será feito o primeiro balanço no primeiro semestre deste ano.