O crescimento económico de Alemanha e Itália ficou aquém das previsões, colocando ainda mais pressão sobre as economias da zona euro. A economia alemã cresceu 0,4% no último trimestre de 2016, enquanto a italiana cresceu apenas 0,2%, falhando em uma décima as estimativas iniciais.

De acordo com dados oficiais citados pela Bloomberg e pelo Eurostat, a economia italiana, a terceira maior da zona euro, cresceu 1,1% em 2016, abaixo da média. Já a Alemanha, que teve um crescimento anual de 1,9%, registou o melhor resultado em cinco anos, o que representa, analisa a agência, uma recuperação lenta, mas estável, suportada por um euro fraco, petróleo barato e pelas políticas de estímulo do Banco Central Europeu (BCE).

Ainda assim, os sinais de alerta já se fazem sentir na maior economia da zona euro: a inflação crescente lança dúvidas sobre a capacidade de a economia alemã continuar a crescer a este ritmo. A despesa pública aumentou, assim como o consumo privado. Os salários também continuam a aumentar, mas apenas 1,8% em termos reais — a inflação está já perto dos 2%.

França, segunda maior economia da zona euro, terminou o último trimestre de 2016 com um crescimento de 0,4%, confirmando a tendência de crescimento tímido registado desde o terceiro trimestre. Termina o ano com um crescimento de 1,1%. A economia espanhola registou um crescimento de 0,7% no último trimestre e vai terminar o ano com um crescimento anual de 3,2%. A economia holandesa, por sua vez, cresceu 0,5% em relação ao último trimestre e terminou o ano de 2016 com um crescimento de 2,1%, o maior desde 2007.

A economia portuguesa acelerou na parte final do ano, crescendo 1,4% no ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais que o esperado pelo Governo na sua última previsão feita em outubro, mas 0,4 pontos percentuais abaixo do que esperava no final do ano passado, como explica aqui o Observador.

De acordo com dados do Eurostat, a economia da zona euro cresceu 0,4% e 0,5% e no conjunto dos 28 países da União Europeia. De salvaguardar, no entanto, que ainda falta divulgar os dados oficiais de vários países. Os analistas acreditam que os sinais de incerteza que ecoam a partir da Casa Branca e a saída do Reino Unido da União Europeia podem colocar em risco o crescimento das economias da zona euro.

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