O líder dos socialistas europeus, o segundo grupo político no Parlamento Europeu, defendeu esta terça-feira, em Lisboa, uma nova agenda económica e social no âmbito de um projeto renovador para a Europa.

“A Europa necessita de uma nova política económica focada no investimento público com o objetivo de criar novos empregos. Uma nova agenda social focada nas necessidades das pessoas, uma política de impostos mais justa, as empresas têm de pagar os seus impostos onde fazem os lucros”, referiu Gianni Pitella, presidente do Grupo da Aliança progressista dos socialistas e democratas (S&D) no Parlamento Europeu, que hoje manteve diversos contactos em Lisboa. Uma “eficiente política de imigração” e uma “política externa de segurança e defesa comum” foram outras prioridades apontadas pelo político italiano, membro do Partido Democrático (PD, no poder), após um encontro com a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques.

“Mas também estou aqui para apoiar fortemente o nosso Governo socialista de António Costa”, esclareceu, pouco antes do almoço de trabalho que a sua delegação manteve com o primeiro-ministro português. A reunião desta manhã inclui-se na ronda de contactos de Gianni Pitella com líderes europeus, académicos, empresários e sindicalistas para relançar uma “plataforma comum” envolvendo todos os atores da sociedade civil.

A recente Declaração de Roma em defesa da unidade europeia, o Livro branco sobre o futuro da Europa, a conclusão da União Económica e Monetária e o Pilar social são os assuntos que dominam as conversações. “Pretendo discutir, receber, obter, as sugestões e propostas da sociedade civil. A nossa plataforma política será a plataforma da uma ampla expressão da sociedade civil”, assinalou ainda o eurodeputado, membro do PE desde 1999.

A contribuição de Portugal na construção deste novo projeto, “designadamente no comportamento da união económica e monetária”, foi o aspeto destacado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus. “Queremos colaborar e temos estado a colaborar, designadamente no comportamento da união económica e monetária, no sentido em que o euro seja um instrumento de convergência na Europa e não um instrumento de divergência”, assinalou.

“Um instrumento de convergência que promova a convergência económica e social, que promova o crescimento económico, que promova o investimento público e a criação de emprego”, precisou Margarida Marques. Em 17 de janeiro, Gianni Pittella perdeu a votação final para a presidência do PE ao obter 282 votos contra os 351 garantidos pelo também italiano Antonio Tajani, ex-comissário europeu proposto pelo Partido Popular Europeu (PPE, conservadores), que desde então substitui o alemão Martin Schulz.

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