A Polícia Judiciária (PJ) deteve na manhã desta terça-feira três suspeitos de homicídio na A16, avança a TVI24. O crime terá ocorrido em fevereiro do ano passado, confirmou a televisão junto de fonte oficial da polícia. O grupo de assaltantes era composto por seis membros, sendo que três deles já tinham sido capturados.

Depois das detenções desta terça-feira, o grupo fica assim totalmente capturado. Durante o assalto, em fevereiro do ano passado, o grupo levou uma carrinha de valores, em Lourel, e na fuga acabou por vitimar um empresário de 49 anos em plena A16. A vítima deixou duas filhas menores, de seis e 11 anos. No momento do crime, João Carlos Silva ia com a esposa e com a sua filha mais nova no carro, quando o grupo efetuou a tentativa de carjacking.

Segundo confirma a TVI, dois membros do grupo já tinham sido detidos pela PJ e outro foi capturado em Inglaterra ao abrigo de uma captura internacional. Os suspeitos, detidos esta terça-feira, vão ser presentes a tribunal já na próxima quarta-feira.

Os suspeitos estão a ser investigados por mais crimes

Este grupo de seis indivíduos foi desmantelado pela PJ esta terça-feira e está a ser investigado por mais crimes semelhantes. Em conferência de imprensa, o diretor da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ, Luís Neves, descreveu que os seis suspeitos são homens com cerca de 30 anos, portugueses, e já conhecidos da PJ por um vasto currículo de crimes violentos.

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Alguns deles foram “já condenados no passado”, inclusive “durante bastante tempo”, por ataques violentos e assaltos à mão armada.

Os homens são suspeitos de homicídio consumado e de uma outra situação “que pode configurar homicídio tentado”, havendo “mais roubos para além da carrinha de transporte de valores de 2016 que estão já sob alçada desta investigação”, salientou Luís Neves.

à PJ, na operação desta terça-feira, deteve três dos suspeitos na zona de Lisboa no cumprimento de “mais de uma dezena de buscas”, recolhendo também mais elementos de prova, incluindo armas. Estes três suspeitos vão ser presentes na quarta-feira no tribunal de Sintra para ouvirem as primeiras medidas de coação.

Três outros suspeitos já tinham sido detidos, dois deles no âmbito de outros processos-crime e um terceiro em Inglaterra, para onde fugiu depois do crime, no âmbito de um mandado de detenção europeu a pedido da PJ.

“Já tínhamos solicitado a emissão desses mandados no ano transato, mas foi extraditado este ano”, salientou Luís Neves, destacando que “naturalmente tudo isto demora tempo”.

Estes três suspeitos detidos anteriormente já estão em prisão preventiva.

Mais de um ano após o assalto a uma carrinha de valores em Lourel, Sintra, com a consequente morte a tiro de um cidadão para lhe roubar um carro para fuga, a PJ considerou esta terça-feira que o grupo está integralmente identificado e detido.

Foi um ataque “bastante violento, de uma estrutura organizada, uma estrutura que tem já uma vasta experiência neste tipo de crime violento” e que, “após o ataque à carrinha de transporte de valores, num domingo”, na fuga, baleou “um pai de família, que passeava com a sua família, e que foi, de uma forma gratuita, morto para lhe retirarem a viatura para encetarem a fuga desse mesmo crime”, explicou.

Luís Neves destacou que a PJ deteve três grupos violentos desde o início do ano, lembrando a detenção dos responsáveis de um assalto a uma superfície comercial no Barreiro e de três suspeitos de “pelo menos” quatro assaltos a carrinhas de transporte de valores ocorridos no Porto.

“Atualmente não havia ligação entre este grupo [do assalto em Lourel] e o grupo do Barreiro, que abalroou agentes da PSP, mas no passado eram grupos que tinham relações muito próximas e efetivas”, destacou.

A 28 de fevereiro de 2016, após consumarem o assalto à carrinha de transporte de valores, os suspeitos fugiram na direção da Autoestrada 16 (A16), mas a viatura em que seguiam despistou-se, levando a que tenham, “com a utilização de armas de fogo, procurado roubar outras viaturas para continuarem a fuga”.

“No desenvolvimento desta ação balearam um condutor que circulava com a família na A16, provocando quase de imediato a sua morte”, adiantou uma nota policial.