O governo chinês está a investir fortemente na atração de residentes para o interior do país. E, para isso, avançou com a construção de uma cidade, ou melhor, de uma megacidade quase do zero. Chama-se Lanzhou New Area, fica a oeste da capital, Pequim, e promete ser grande, mesmo grande, em tudo.

O jornal The Guardian apelida esta nova construção chinesa como “excêntrica” e “megalómana” – e é mesmo. A urbanização fica em pleno interior chinês, próximo da cidade de Lanzhou – que foi considerada uma das piores cidades do mundo para se viver devido à poluição – e fica a duas horas de Pequim (se for de avião). Com o slogan “China goes west” (A China vai para oeste), o grande objetivo do governo chinês é levar a população a habitar zonas menos povoadas, nomeadamente o oeste chinês, tal como refere o próprio slogan, retirando assim mais pessoas das grandes cidades que já se encontram lotadas.

Tudo está a ser construído praticamente do zero. Onde antes existiam pequenos bairros que viviam lado a lado com gigantescas dunas de areia, está agora a nascer uma nova cidade. O projeto foi pensado em 2008, mas as construções só tiveram início em 2012. Longos caminhos rodoviários e ferroviários estão a ser construídos e centenas de arranha-céus já fazem parte da paisagem.

Ainda assim, esta cidade não será feita apenas de habitações e estradas. Réplicas de monumentos e parques de diversões também fazem parte dos planos. Entre os nomes que surgem na lista, está uma construção que alude à Grande Muralha da China, uma réplica do Palácio de Verão de Pequim e ainda um parque de diversões batizado com o nome “Dinosaur Kingdom” (Reino dos Dinossauros), onde os visitantes podem viver uma experiência com réplicas em tamanho real de dinossauros.

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“É como se fosse uma mini Disneyland”, afirmou Xu Haike, um hoteleiro chinês que vai apostar na nova cidade chinesa.

Esta imagem oferece uma visão panorâmica dos arranha-céus em fase de construção em Lanzhou New Area (Créditos: Tom Phillips)

Veja um vídeo que antecipa a futura “Lanzhou New Area”, divulgado ainda no início das construções.