Em conferência de imprensa na Trump Tower esta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou, mais uma vez, a violência em Charlottesville, entre supremacistas brancos e o Ku Klun Klan: “Há culpa dos dois lados”. “Foi um dia horrível. Havia um grupo de um lado que era violento e um grupo do outro lado que também era muito violento. Ninguém quer dizer isso, mas estou dizê-lo agora”, afirmou Trump. “E então a alt-left que carregou, como vocês dizem, sobre a alt-right, tem algum tipo de culpa?”, questionou.

Mais de 6.000 pessoas participaram este fim de semana naquela que foi a maior marcha de extrema-direita das últimas décadas, em Charlottesville, nos EUA. O cortejo, organizado sob o lema “Unir a Direita”, teve de tudo: bandeiras da Confederação (um dos principais símbolos da supremacia branca nos EUA), bandeiras nazis, roupões brancos do Ku Klux Klan e gritos de ódio.

A marcha viria a ganhar contornos trágicos quando um jovem de 20 anos com ligações à extrema-direita pegou num carro e investiu contra uma multidão que se manifestava contra a marcha, matando uma mulher de 32 anos e deixando várias pessoas feridas. A morte foi confirmada pelo presidente da Câmara da cidade, Mike Signer.

Carro colide com manifestantes durante os protestos de extrema-direita em Charlottesville. Há uma morte confirmada

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No dia dos confrontos, Trump já tinha vindo reagir aos confrontos, condenando-os, através da rede social Twitter: “Não há lugar para este tipo de violência na América” e pede que os americanos “se unam”.