A Venezuela vai avançar com julgamentos aos “traidores” da Pátria. A aprovação veio da nova Assembleia Constituinte venezuelana que autoriza a perseguição a quem apoiar as sanções económicas americanas contra o país, por considerar que vão contra os “interesses do povo venezuelano”.

O decreto, aprovado por unanimidade na terça-feira, apela a que seja feita uma investigação aos “traidores” que apoiam as sanções económicas, sem especificar pessoas. Mas há fortes receios no país de que esta seja uma nova estratégia para atingir elementos da oposição política a Maduro. O mesmo decreto condena as sanções financeiras norte-americanas contra o Estado e contra a empresa estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA), considerando essas sações como “ilícitas e ilegítimas”. As investigações, lê-se, deverão começar de imediato para determinar responsabilidades e respetivas sanções. O decreto agradece ainda a solidariedade dos parceiros internacionais que apoiam a Venezuela e as ações do chefe de Estado.

Recorde-se que a nova Assembleia Nacional Constituinte é constituída apenas por apoiantes do governo, depois das eleições para a Assembleia Constituinte no final do mês de julho. A resposta às sanções americanas também já vinha a ser prometida.

Na semana passada, Washington aprovou várias medidas para responder àquilo que chama de “ditadura de Maduro”. Entre elas estava a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou a venda de títulos da companhia petrolífera do Estado. As medidas, assinadas por Trump, foram justificadas por a Venezuela estar a levar a cabo “sérias violações dos direitos humanos”, tal como a criação do que chamam de uma Assembleia Constituinte “ilegítima”. O presidente venezuelano, por seu lado, acusou os Estados Unidos de estarem a tentar afetar a economia venezuelana.

EUA impõem novas sanções financeiras à Venezuela “para privar a ditadura Maduro”

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