(notícia corrigida com a informação de que Montoro ainda é ministro das Finanças de Espanha)

A firma de advogados fundada por Cristóbal Montoro, ministro das Finanças de Espanha, vai defender o futebolista Cristiano Ronaldo, acusado de quatro crimes de fraude fiscal e de lesar o Estado em 14,7 milhões de euros. A contratação de um dos fiscalistas da firma, que é um inspetor fiscal em licença sem vencimento, é um sinal da estratégia que Cristiano Ronaldo quer seguir daqui para a frente: recusar qualquer conduta imprópria e anular, um a um, os argumentos da acusação.

Segundo o El Mundo, Ronaldo contratou a firma Equipo Económico, que foi fundada pelo ministro das Finanças e que conta, entre os sócios, com Manuel de Vicente-Tutor — que tem uma longa carreira na autoridade tributária mas que está a trabalhar com a firma de advogados. Será o principal responsável por uma estratégia em que está fora de questão um acordo judicial e, ao invés, Ronaldo quer insistir que a acusação “não tem fundamento” e é “inconsistente”.

Ronaldo rejeita acordo com o fisco espanhol, diz que acusação é “inconsistente”

Desde há um mês que as notícias apontam no sentido de Cristiano Ronaldo rejeitar a possibilidade de chegar a acordo com o fisco espanhol relativamente aos quatro crimes fiscais que lhe são atribuídos. O internacional português, que alegadamente deve 14,7 milhões de euros relativos a direitos de imagem, apresentou um documento ao Tribunal da Primeira Instância e Instrução número um de Pozuelo de Alarcón, Madrid, em que tece duras críticas às acusações feitas pelo Tesouro.

Entre as críticas feitas pela defesa, os advogados do jogador do Real Madrid afirmam que a acusação é “facilmente desmontável por um observador objetivo” e que se assenta na “utilização arbitrária de critérios contrários ao Direito Tributário”. A questão é reduzida a uma “discrepância de critério” pelos advogados do português, que considera que a acusação não passa de um problema de “qualificação tributária”.

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