Os catalães votam esta quinta-feira para o parlamento regional em eleições em que o bloco de partidos que defendem a unidade de Espanha vão tentar “roubar” aos que pretendem a independência a maioria conseguida na consulta anterior.

As últimas sondagens dão um empate técnico entre os dois blocos sem que nenhum consiga a maioria, mas o aumento da taxa de participação e a transferência votos dentro de cada bloco torna o resultado imprevisível.

O partido constitucionalista de direita liberal Cidadãos e os independentistas da Esquerda Republicana (ERC) parecem destacar-se na luta pela vitória, apesar se estarem muito longe da maioria absoluta e obrigados a negociar coligações muito difíceis.

A campanha eleitoral foi caracterizada pela ausência de vários candidatos suspeitos de delitos de rebelião, sedição e peculato: uns detidos preventivamente, como o vice-presidente do governo regional anterior, Oriol Junqueras, outros refugiados na Bélgica, como o ex-presidente do Governo regional, Carles Puigdemont.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Este último fez campanha eleitoral em direto por videoconferência apresentando-se como o presidente ainda em funções do executivo regional e como refugiado político em Bruxelas.

Os partidos separatistas ganharam as últimas eleições regionais, em 2015, com 72 deputados num total de 135 no parlamento regional, o que lhes permitiu formar um governo que organizou um referendo de autodeterminação em 1 de outubro último, que foi considerado ilegal pelo Estado espanhol.

As eleições de quinta-feira foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, em 27 de outubro passado, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional.