As doenças do aparelho respiratório estão a provocar mais mortes em Portugal, de acordo com o estudo divulgado esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados referem-se a 2012 e registam um aumento de 1,3% na categoria que inclui as doenças pulmonares, pleurais e infecções respiratórias, fixando-se nos 12,9%, o que equivale a 13.908 mortes.

As doenças do aparelho circulatório, como as cerebrovasculares (AVC) ou o enfarte do miocárdio, continuam a ser a principal causa de morte em Portugal, registando 30,4% dos óbitos (32.859) por doença em 2012, quando em 2011 registaram 30,7%.  As mulheres são as mais afectadas: por cada 100 mulheres que morreram desta doença, registaram-se 77,9 óbitos masculinos.

Os tumores malignos tiraram a vida a 25.750 pessoas e são a segunda causa de morte no país, a registar 23,9% dos óbitos ocorridos em 2012, menos 0,9% do que no ano passado. Os homens são os mais afectados, com 148 óbitos masculinos por cada 100 femininos.

A diabetes e as causas externas de lesão e envenenamento, como os acidentes, mantiveram-se próximas dos níveis de 2011. A primeira  foi responsável por 4,5% das mortes (4,4% em 2011), sendo que a segunda provocou 3,7% dos óbitos (3,9%). Desta, 1% dos óbitos foram suicídio.

Em 2012, morreram 107.960 pessoas em Portugal, sobretudo (96,3%) por doença. As mortes por AVC representaram 12,5% do total de óbitos no país, com uma taxa bruta de mortalidade de 128,8 óbitos por 100 mil habitantes. A hipertensão arterial, colesterol elevado ou a diabetes são algumas das doenças na origem dos AVC.

Na base da análise efectuada pelo INE, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, estiveram 55 grupos de causas de morte, tendo como referência a lista da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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