A lista é grande: pressão alta, stresse, cancro, doenças cardíacas, depressão, diabetes, tuberculose, infeções respiratórias, gripe, obesidade e queda de cabelo. Nos últimos anos, muitos estudos encontraram uma relação entre baixos níveis de vitamina D e risco para a saúde, o que levou muitas pessoas a acreditar que os suplementos de vitamina D são essenciais ao organismo. De facto, muitos médicos pedem aos seus pacientes provas da presença desta vitamina no corpo para fazer a sua reposição caso seja necessário.

Entretanto, nem tudo o que se lê sobre a vitamina D é verdade. “Idealmente, uma exposição solar segura e regular, em conjunto com uma alimentação variada e equilibrada, são suficientes para o aporte desejável de vitamina D”, afirmou ao Observador o nutricionista Rodrigo Abreu, responsável pelo Atelier de Nutrição, um espaço de educação alimentar da especialidade em Lisboa. São várias as funções conhecidas desta vitamina no organismo: desde a absorção do cálcio à formação da epiderme, passando pela libertação de insulina e participação no funcionamento do sistema imunitário.

A vitamina D pode ser encontrada nas cápsulas de óleo de peixe, um complemento alimentar que também é rico em ómega 3, na gema dos ovos, gorduras preparadas a partir de óleos vegetais (como a margarina), no queijo, no leite e em alimentos enriquecidos com vitamina D, que podem constituir fontes alternativas deste nutriente. Mas a principal fonte desta vitamina continua a ser a radiação solar. Ao entrar em contacto com a pele, os raios solares causam uma reação química no organismo que conduz à produção de vitamina D – a pele é só uma porta de entrada.

Malformações ósseas, fraqueza e, eventualmente, fraturas ósseas, sobretudo nos idosos, são alguns dos principais sinais da falta de vitamina D no organismo. Mas é difícil determinar a quantidade exata que cada pessoa precisa, já que fatores como o tipo de pele, a exposição solar, a estação do ano, a poluição atmosférica ou os hábitos alimentares podem alterar a necessidade do nutriente. Para Rodrigo Abreu, é importante consultar um médico ou nutricionista para saber qual a dose necessária de vitamina D para cada pessoa, antes de recorrer a suplementos vitamínicos. “A ingestão de vitamina D, tal como qualquer outro suplemento alimentar, deve ser orientada por um profissional de saúde qualificado, que possa identificar de forma tão clara quanto possível quais as reais necessidades desta vitamina e qual a melhor forma de a obter”, recorda o nutricionista.

O Observador fez uma lista dos 10 mitos que estão normalmente associados à vitamina D. Veja aqui quais são:

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