“Não podemos esquecer que, tipicamente, um enfermeiro desempenha, muitas das vezes, o seu horário num hospital público e depois tem uma outra função, ou às vezes mais duas, com que acumulam”, referiu Paulo Macedo, à margem de uma visita ao Hospital de Braga.

Os enfermeiros têm vindo a fazer greves um pouco por todo o país, alegando que a escassez de profissionais os obriga a cargas horárias de trabalho muito intensas, o que os está a deixar à beira da “exaustão” física e psicológica. Para Paulo Macedo, aquela não é uma questão “que deva levar à greve”.

“Percebo algum tipo de insatisfação, percebo que os horários foram aumentados, mas a questão da exaustão não tem a ver apenas com o Serviço Nacional de Saúde, tem a ver com todo o enquadramento da enfermagem e todos as solicitações ao enfermeiro em Portugal”, referiu. O ministro reconheceu que há “falta de enfermeiros”, mas garantiu que o Governo está a fazer, ao longo deste ano, um recrutamento “significativo” daqueles profissionais.

Isto apesar de, como lembrou, com a entrada em vigor da “lei das 40 horas” haver mais tempo de enfermagem disponível nos hospitais. “Mas também há pessoas que se reformam e, por isso, iremos contratar mais enfermeiros. Achamos que este reforço é importante, porque os enfermeiros são uma peça essencial [no Serviço Nacional de Saúde]”, acrescentou.

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