Por duas vezes na passada semana, as forças militares do Egito e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) terão bombardeado posições das milícias islamitas posicionadas na Líbia, sem o conhecimento das forças norte-americanas. Apesar de o Egito e os EAU serem conhecidos aliados, atuaram sem informar Washington e negam oficialmente a operação, afirmam os diplomatas americanos.

O primeiro destes dois ataques atingiu algumas posições defensivas dos islamitas, nomeadamente depósitos de armas. O segundo teve por objetivo facilitar o controlo do aeroporto de Trípoli pelas tropas líbias no terreno.

A diplomacia norte-americana considera estes ataques aéreos desestabilizadores. Um funcionário americano declarou ao The New York Times que “não vê nada de produtivo nestes ataques”, pois colocam em causa os esforços diplomáticos para obter a paz. Além disso, as forças islamitas retomaram o controlo do aeroporto de Trípoli na noite imediatamente a seguir à segunda ronda de ataques.

A estação de televisão Aljazeera diz que esta ação conjunta entre Egito e EAU é resultado da preocupação destes estados na subida de posição das milícias islâmicas e nos efeitos que podem ter na região. O Egito terá servido de base para o ataque. Os Emirados possuem uma das forças aéreas mais bem preparadas da região (pelos norte-americanos, precisamente). Diplomaticamente, o assunto é delicado e nenhuma das partes se assume perante os norte-americanos.

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