O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou neste domingo, ao Conselho de Ministros, uma proposta de cortes no orçamento do Governo para pagar os 50 dias de operação militar na Faixa de Gaza. Netanyahu, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, e o ministro das Finanças, Yair Lapid, pretendem ver aprovados cortes de 2% no orçamento de cada ministério, à exceção da Defesa, para conseguirem dois mil milhões de ‘shekels’ (425 milhões de euros).

De acordo com documentos divulgados pela presidência do Conselho de Ministros antes da reunião de hoje, o maior corte proposto é no Ministério da Educação, de 480 milhões de ‘shekels’. A Segurança Social deverá perder 62,6 milhões e a Saúde 43 milhões. O corte previsto para o gabinete do primeiro-ministro, responsável pelos serviços de informações interno e externo, Comissão de Energia Atómica e outros departamentos, é de 33 milhões.

O ministério dos Negócios Estrangeiros poderá ficar sem 11,9 milhões de ‘shekels’. O orçamento inicial para 2014 apresentava já medidas de austeridade, que Yair Lapid considerou fundamentais para a economia do país.

A sessão do Conselho de Ministros decorreu no sul de Israel, junta à fronteira com a Faixa de Gaza, em solidariedade com os residentes israelitas alvos de milhares de foguetes e granadas de morteiro lançados por grupos palestinianos, até à trégua de terça-feira. “Espero que esta tranquilidade continue, mas estamos preparados para qualquer cenário”, disse Netanyahu na reunião, citado por fontes do seu gabinete.

A operação israelita na Faixa de Gaza “Margem Protetora” começou a 08 de julho e terminou na terça-feira, depois de um cessar-fogo definitivo negociado com o movimento de resistência palestiniana Hamas, após várias tréguas unilaterais ou bilaterais. Na operação, destinada a destruir o arsenal bélico do Hamas e túneis de acesso entre a Faixa de Gaza e Israel, morreram 2.143 palestinianos e 71 israelitas.

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