É suposto durar para sempre, o amor. Mas parece que os “finais felizes” se arriscam a ser cada vez mais uma cena de contos de fada. Pouco romântico? Talvez, mas segundo o estudo britânico da YouGov as relações de longo prazo nem sempre casam com aquilo que supostamente é o amor verdadeiro. Quantas vezes diz ao seu namorado/a, companheiro/a marido/esposa que o ama? E perde a cabeça por ele/a?
Se é daqueles que continua a sentir borboletas na barriga à medida que o tempo passa, sorria – é dos poucos a quem isso acontece. De acordo com o estudo da YouGov, a maioria das relações torna-se cada vez “mais prática” com o tempo e cada vez menos há “amor de perder a cabeça”. Parece que a paixão é mesmo coisa de início de relação.
Os românticos que se mentalizem para outra facada no amor: torna-se cada vez mais raro que os casais digam “amo-te”, mesmo que ainda gostem um do outro. Lembra-se da última vez que ligou ao seu/sua mais que tudo apenas para dizer que o/a ama?
Cerca de um terço dos entrevistados disse à YouGov que sentiu “as borboletas na barriga” no primeiro ano da relação, mas à medida que os anos de relação vão passando a percentagem desce. Apenas 10% reclama o mesmo sentimento quando a relação existe há mais de cinco e menos de dez anos.
A mudança nos sentimentos demonstra a forma como a natureza do amor se transforma à medida que os casais passam mais tempo juntos. Não é que o amor deixe de existir ou ultrapasse a linha ténue que a separa do ódio, mas parece que a paixão é sentimento com dias contados: 21% dos inquiridos afirmavam que amavam o seu parceiro/a, mas que não estavam mais “apaixonados”. Mais: 11% disseram que a relação “ganhou um caráter mais prático, deixando a paixão para trás”.
E se a natureza do sentimento muda, muda também a forma como os amantes se exprimem. Os mais jovens são os mais expressivos: quase 50% dos entrevistados que mantinham relações há mais de dois anos e menos de cinco dizem “eu amo-te” ao parceiro/a todos os dias. Quando a relação existe há mais de 10 anos, essa percentagem desce para 30% e para 18%, quando as pessoas estão juntas há mais de 50 anos.
A YouGove entrevistou 2.071 adultos em setembro. Destes, 959 eram casados, 494 encontravam-se numa relação, sendo que a maioria mantinha essa relação há mais de dois anos.