Cerca de sete meses depois da inesperada mudança na direção da CTG, “a nossa parceria está de boa saúde e prepara-se para novos voos”, disse à agência Lusa um administrador da EDP.

O acordo, que prevê investimentos conjuntos em projetos hídricos e eólicos em vários países, será assinado durante a primeira visita a Portugal do novo presidente da CTG, Lu Chun.

Lu Chun assumiu a presidência da CTG em março passado, depois de inspetores da Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês terem detetado “irregularidades” na gestão da empresa, nomeadamente “abuso de poder em licitações e contratos de projetos”.

O anterior presidente da CTG, Cao Guangjing, foi nomeado vice-governador da província de Hubei, onde se situa a Barragem das Três Gargantas do rio Yangtze.

Durante a sua estada em Portugal, Li Chun vai encontrar-se com o Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva, e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, adiantou à Lusa fonte da EDP.

A China Three Gorges, uma empresa estatal diretamente tutelada pelo governo central chinês, tornou-se o maior acionista da EDP em 2012, quando pagou 2,7 mil milhões de euros por 21,3% do capital da elétrica portuguesa.

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A participação chinesa foi comprada ao Estado português na sequência de um processo de privatização a que concorreram também duas empresas brasileiras e uma alemã.

Foi um dos maiores investimentos chineses na Europa e o início de uma nova era nas relações económicas luso-chinesas.

Depois da CTG, mais duas grandes empresas chinesas investiram em Portugal: a China State Grid e a Fosun.