Paris vai ser palco da primeira edição do festival de música lusófona FOLISBOA, de 26 a 28 de junho de 2015, e a ideia é a de levar “o Chiado para os Grands Boulevards”, disse à Lusa Bruno Blanckaert, um dos organizadores do evento. O cartaz completo será revelado a 15 de janeiro, de acordo com Blanckaert, também diretor-geral do cinema parisiense Le Grand Rex, que será o epicentro dos concertos.

O objetivo é apresentar Lisboa como o berço de artistas da lusofonia e reunir diferentes nomes da “cena contemporânea” musical lusófona, acrescentou a coordenadora geral e artística do festival, Chloé Siganos. “A ideia é apresentar toda a cena contemporânea e lusófona do momento, desde grandes nomes do fado, à música portuguesa eletrónica, ao kuduro, à cena mais rock e mais pop. A ideia não é só mostrar os artistas que os franceses já conhecem, mas ter uma parte de descoberta de artistas portugueses e lusófonos”, explicou a ex-adida cultural do Institut Français du Portugal.

O festival vai ser anual e surge como uma resposta à proposta – lançada em período eleitoral pela agora presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo – de conferir a esta zona central da cidade de Paris uma maior animação cultural noturna.

“FOLISBOA: ‘folie’. Em francês, é loucura. Loucura de Lisboa porque a noite lisboeta, neste momento, está muito na moda e é muito apreciada. É uma noite que toda a gente quer ter. A presidente da Câmara [de Paris] está a trabalhar muito sobre o aspeto da noite parisiense e o FOLISBOA é também uma resposta a esta ideia”, descreveu Chloé Siganos à Lusa.

Além do cinema Le Grand Rex, que pode acolher até 2.800 pessoas, os concertos vão realizar-se em diferentes espaços junto aos “Grands Boulevards”, como a discoteca de música eletrónica Rex Club e os teatros Le Comedy Club e Théâtre du Gymnase. “Temos a ideia de propor outras salas que estejam todas nesta área para se poder ir a pé de um concerto para o outro”, adiantou a coordenadora, falando, ainda, na possibilidade de haver espetáculos ao ar livre.

Nas edições seguintes, o objetivo é exportar o festival para algumas capitais lusófonas, acrescentou Bruno Blanckaert, “levando, por exemplo, a cena francesa ou franco-portuguesa a Lisboa”. O FOLISBOA é uma co-produção do cinema Le Grand Rex, da produtora francesa Visiteurs du Soir e da produtora portuguesa Uguru.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR