A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, considerou nesta terça-feira que há um “défice de perceção” da Comissão Europeia, que criticou o abrandamento das reformas em Portugal após a saída da ‘troika, e garantiu que “o ímpeto reformista” do Governo não abrandou.

No início de novembro, após a conclusão da primeira missão de monitorização pós-programa realizada em Portugal, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu manifestaram “apreensão” com a diminuição considerável do ritmo de reformas estruturais em Portugal desde a saída da ‘troika’.

Em resposta, hoje, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Maria Luís Albuquerque disse que não concorda com essa avaliação que atribuiu a um “défice de perceção” ou “défice de entendimento” por parte de Bruxelas. “Acho que há um défice de perceção e nós devemos esforçar-nos para persuadir as instituições de que, de facto, o ímpeto reformista não abrandou e que o Governo mantém a mesma determinação”, disse hoje Maria Luís Albuquerque, perante os eurodeputados da comissão de assuntos económicos e monetários.

A ministra explicou que, após o fim do programa de ajustamento, o que houve foi necessidade de “fazer um balanço das reformas”, de avaliar o que foi feito, e para garantir que o Governo não perdeu o “ímpeto reformista”, a ministra falou de reformas que estão a ser levadas a cabo, destacando as fiscais, a revisão da lei de enquadramento orçamental, o mapa judiciário e revisão da renda da energia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR