No habitual comentário semanal na SIC, Marques Mendes considerou que a atual maioria “está a cometer um erro que lhe pode ser politicamente fatal”, porque está a deixar consolidar a ideia de que o Partido Socialista “vai à frente” e que a sua vitória é “inevitável”.

“Quando isto se consolidar na cabeça das pessoas [de que a vitória do PS é inevitável], já não há volta a dar. E quanto mais tarde se fizer a coligação, pior. Quanto mais tarde se definir a estratégia eleitoral, pior. Porque a dada altura, já não invertem tudo isto”, referiu.

A afirmação surgiu a propósito de a atual coligação PSD/CDS ainda não ter apresentado uma estratégia eleitoral, o que, segundo o comentador, acaba por “favorecer o PS” na corrida pelas próximas legislativas.

Sobre a eventual candidatura de António Guterres às presidenciais, Marques Mendes adiantou que o Alto Comissariado para os Refugiados da ONU está a ser “brilhante a gerir a sua estratégia”.

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“Criou um tabu, ao mesmo tempo todos falam dele para candidato, deixou tudo em suspense, condiciona as decisões das candidaturas de todos os outros”, referiu. Marques Mendes acrescentou que “melhor era impossível” e que, só por isto, Guterres já era um grande vencedor.

Quanto à entrevista ou “declaração” de Sócrates à TVI, esta sexta-feira, Marques Mendes revelou que tinha sido “melhor” do que as restantes, porque apresentava factos concretos, ao contrário das anteriores.

O número de interessados no Novo Banco (17) também não ficou de fora do comentário. “Acho que é uma excelente notícia”, adiantou, acrescentando que o Novo Banco parece, em linguagem desportiva, um banco da Liga dos Campeões.