O exército norte-americano está a rever vários incidentes em que civis podem ter perdido a vida em ataques aéreos da coligação contra o Estado Islâmico no Iraque a na Síria. Esta é a primeira vez que os Estados Unidos reconhecem que a ‘guerra aérea’ pode ter causado danos a civis.

O Comando Central norte-americano, que supervisiona a missão aérea, começou por analisar 18 casos e concluiu que 13 não eram credíveis, mas cinco mereciam uma investigação mais aprofundada. Desses, dois incidentes – um no Iraque e outro na Síria – motivaram investigações formais, disseram fontes da Defesa à AFP. “O que sei é que o Comando Central está a investigar várias situações que considera partirem de alegações credíveis sobre mortes de civis”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby. “É algo que levamos a sério. Estamos muito comprometidos na tentativa de reduzir o risco para os civis sempre que operamos, em todos os lugares onde operamos”, afirmou.

Organizações humanitárias têm reportado que dezenas de civis já foram mortos em ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos, principalmente na Síria. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, 32 civis morreram no primeiro mês dos ataques da coligação na Síria, bem como 467 militantes do Estado Islâmico.

“Seria altamente improvável que não houvesse mortes de civis nesta fase da missão”, disse um dirigente do Departamento da Defesa, em condição de anonimato.

 

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