Os extremos, para Marine Le Pen, tocam-se. Ou pelo menos, à líder da extrema-direita francesa não desagrada a ideia de que o partido da extrema-esquerda grega, o Syriza, ganhe as eleições. A justificação? Apenas uma: o facto de serem ambos contra “o totalitarismo da União Europeia”.

Os gregos escolhem no fim de semana o próximo Governo e o Syriza, liderado por Alexis Tsipras lidera as sondagens. Comentando a possibilidade de Tsipras ser o próximo primeiro-ministro grego, Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, disse: “Espero a vitória do Syriza”.

Se dúvidas houvesse de que este verbo esperar era no sentido de querer, a líder da extrema-direita em França explicou que “há uma divisão na Europa” que passa por falar e nome do povo “contra o totalitarismo da União Europeia e dos seus cúmplices, os mercados financeiros”.

Marine Le Pen quis, no entanto, marcar a diferença para o programa do grego. Disse que não concordava com muitas propostas, como a política de imigração, mas garantiu que ficará feliz se o Syriza ganhar: “Isto não fz de mim uma militante da extrema esquerda! (…) Mas ficaremos contentes com a vitória dele”.

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