A tomada de posse do novo Governo timorense, o VI Governo constitucional, deverá decorrer na tarde do próximo dia 6 de fevereiro, devendo o elenco governativo ser conhecido a 31 de janeiro, disse à Lusa fonte do executivo. A fonte explicou à Lusa que o gabinete do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, solicitou pareceres sobre o processo de remodelação ou reestruturação do Governo.
Como tem ocorrido até aqui a cerimónia de tomada de posse decorre no Palácio Presidencial em Lahane, na parte alta da capital timorense. O Presidente da República, Taur Matan Ruak, está atualmente fora de Dili – em visita à região de Lospalos, na ponta leste do país – e deverá regressar à capital timorense no final desta semana.
Durante as últimas semanas tem-se intensificado em Díli o debate sobre quais serão os membros que saem e entram no novo executivo, com fontes do Governo a explicarem que a composição será “bastante mais reduzida”, passando dos atuais 55 para “25 ou 30” elementos. Outra das novidades mais destacadas é a entrada no executivo de membros da Fretilin, partido da oposição, que estão a ser convidados de forma individual e não através do partido em si.
Fontes do Governo referiram à Lusa que há pelo menos três nomes de membros da Fretilin que poderiam já ter sido convidados: o ex-ministro da Saúde Rui Araújo, o atual deputado da Fretilin Estanislau da Silva e o líder da bancada da Fretilin, Aniceto Guterres. “Os convites são a pessoas da Fretilin e não à Fretilin”, disse à Lusa fonte do partido.
Fontes de vários Ministérios ouvidas pela Lusa confirmaram a saída da ministra e vice-ministra das Finanças, Emília Pires e Santina Cardoso. Outros dos nomes afastados do cargo é o de Alfredo Pires, que até aqui desempenhou o cargo de ministro do Petróleo e Recursos Minerais.
Recorde-se que na segunda-feira todos os membros do Governo receberam cartas de Xanana Gusmão a dizer se ficam ou não no novo executivo, informando os que saem que devem preparar-se para se demitir até 1 de fevereiro. As cartas “eram de dois tipos”: para os que vão continuar no Governo, a pedir para se prepararem “para a nova estrutura”, e os que saem, para que se preparem para a resignação “até 01 de fevereiro”.
“O primeiro-ministro escreveu a todos os 55 membros do executivo. Uns para dizer que ficam, outros para dizer que saem”, afirmou a fonte governamental. Uma outra fonte do executivo avançou à Lusa que também o ministro dos Transportes, Pedro Lay, terá apresentado a sua demissão ao primeiro-ministro. Entre outras alterações contam-se a possível promoção do ministro da Justiça, Dionísio Babo.