Fumo branco em Atenas. O ex-ministro do Interior e membro do partido da Nova Democracia, Prokopis Pavlopoulos, foi, esta quarta-feira, eleito pelo Parlamento grego como o novo Presidente da República, sucedendo assim a Karolos Papaoulias.

O social-democrata conseguiu a aprovação de 233 dos 300 deputados do Parlamento, provando que a decisão de Tsipras foi uma escolha acertada. O recém-eleito primeiro-ministro queria evitar uma nova crise política como aquela que aconteceu no final de dezembro de 2014, quando Stavros Dimas não conseguiu reunir o consenso necessária. Ou seja, a aprovação de, pelo menos, 180 deputados.

A solução à direita foi o compromisso possível, de forma a garantir que o Syriza e os Gregos Independentes não ficassem isolados na altura de votarem o nome do próximo Presidente da República Helénica – juntos não conseguiam o mínimo dos deputados exigidos para eleger o Presidente.

Contas feitas, entre os deputados eleitos pelo Syriza (149), pelo parceiro da coligação os Gregos Independentes (13) e pelo partido a que pertence Pavlopoulos (76), o novo Presidente grego teve o sim da quase totalidade dos deputados dos três partidos – 233 em 238 possíveis.

Pavlopoulos, de 64 anos, é professor na Universidade de Atenas e integrou o Governo de Costas Karamanlis, quando o partido da Nova Democracia venceu as eleições em 2004. Fez parte de um Executivo marcado pelos escândalos de corrupção, embora nunca tenha estado diretamente envolvido. Pôs o seu lugar à disposição em 2008 quando, na sequência de várias manifestações anti-Governo, um jovem de 18 anos foi morto pela polícia grega. Acabou por resistir à crise e permanecer no Governo até 2009, altura em que o Pasok de Geórgios Papandréu venceu as eleições.

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