Os 30 militares portugueses que vão ajudar treinar o Exército iraquiano na luta contra o movimento extremista Estado Islâmico (EI) partiram esta manhã, às 8h30, depois de uma avaria no C130 que os deveria ter levado quarta-feira para Bagdade ter sido ultrapassada.

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, confirmou esta quinta-feira a partida dos militares do Exército, desvalorizando a avaria técnica.

O contingente português é formado por 30 efetivos da Brigada de Reacção Rápida (composta por paraquedistas e comandos) e ficará instalado numa base militar iraquiana 50 km a leste de Bagdade durante um ano – é esta a duração prevista da missão, embora possa ser revista e prolongada mais tarde. Segundo fonte oficial do Exército, os militares portugueses vão “trabalhar em conjunto com um grupo de formadores que inclui militares espanhóis e americanos, enquadrado por Espanha”. Além destes 30 militares, outros dois oficiais estarão nos quartéis generais para fazerem de oficiais de ligação.
Os comandos estão a treinar-se para esta missão há três meses, sendo que entre os escolhidos para o Iraque estão precisamente militares que já estiveram num terreno difícil, o Afeganistão. Portugal já teve presença militar no Iraque, mas não com efetivos do Exército – participou com uma força da GNR, entre 2003 e 2005.

A decisão sobre o envio de militares portugueses para o Iraque foi tomada na reunião de 16 de dezembro de 2014 do Conselho Superior de Defesa Nacional, tendo na altura sido avançada a contribuição de Portugal com um contingente de “até 30 militares” durante este ano. O Governo garantiu sempre que os militares portugueses iam ajudar a coligação internacional, mas sem combater no terreno.

 

 

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