Perante a aproximação da reunião do Eurogrupo na segunda-feira, o primeiro-ministro Alexis Tsipras demonstrou estar otimista. “Estou confiante de que em breve vamos ter um final feliz e que apesar das dificuldades (…) vamos chegar a um acordo com a Europa”, disse na sexta-feira num discurso no Parlamento grego. Para Tsipras, o acordo não está pendente por questões técnicas, mas antes por falta de “vontade política”.

Para contrastar, uma figura de topo de Bruxelas disse, sob anonimato, ao jornal grego “Kathimerini” que o cenário não é assim tão positivo. “A organização e a estrutura das negociações melhorou, comparado com aquilo que era antes, mas ainda estamos longe de uma situação em que temos um acordo final à vista”.

O memorando grego termina no final do mês de junho. Até lá, a Grécia ainda tem a receber 7,2 mil milhões de euros, mas os parceiros europeus pedem contrapartidas, como reformas no no mercado laboral e cortes nas pensões. Estas eram, outrora, linhas vermelhas que o governo grego agora está disposto a discutir. Além disso, a Grécia tem de pagar 750 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) até 12 de maio.

Ainda esta semana, o Parlamento grego aprovou a recontratação de 4 mil funcionários públicos que foram despedidos como consequência da aplicação de medidas de austeridade.

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