Escolher um restaurante para marcar um jantar de grupo (e fazê-lo bem feito) implica sempre ponderar uma diversidade de condicionantes que podem tornar a tarefa bastante mais penosa do que ela poderia ser à partida. No fundo, não se trata apenas de escolher um restaurante. Há que pensar, primeiro, na zona: perto da diversão noturna, caso se pretenda continuar a festa depois do repasto, ou mais recatada se a prioridade for a facilidade de estacionamento. Depois, no preço: nem todos podem ou estão dispostos a pagar o mesmo por um jantar que pode, ou não, incluir condições especiais, como menus próprios com um ou dois pratos fixos e bebida à discrição. É importante, também, ter em conta as restrições alimentares dos convidados — sejam eles vegetarianos, celíacos, adeptos do crudivorismo ou, simplesmente, esquisitos com a comida. Dito isto, mãos à obra.

LISBOA

Café Buenos Aires na Fábrica
É difícil encontrar um mesmo espaço que una duas especialidades — bifes e saladas — capazes de agradar a paladares tão diferentes. É o caso do Café Buenos Aires, cuja casa original pode acolher grupos pequenos, mas que tem um segundo espaço, na antiga fábrica da Confeitaria Nacional, ideal para celebrações de maior dimensão.

Rua do Duque, 22A (Chiado). 93 661 3672 / 21 342 0739. Todos os dias das 18h00 às 02h00. Preço médio: 25€

Mezzanine Creative Restaurant
É um espaço com um conceito original, como se escreveu aqui, pouco depois da sua abertura. Interessa, para o caso, referir que há diversos menus disponíveis para jantares de grupo, a começar nos 18€ por pessoa, com direito a provar uma cozinha criativa q.b. A mezzanine tem capacidade para grupos de mais de 20 pessoas.

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Rua da Boavista, 106 (Cais do Sodré). 91 720 9780. De domingo a quarta (excepto terça, que encerra) das 18h30 à 00h00. De quinta a sábado das 19h00 às 02h00. Preço médio: 20€

restaurante mezzanine,

Estas mesas da mezzanine do Mezzanine (passe a redundância) juntam-se para acolher grupos grandes. (foto: © Hugo Amaral / Observador)

Fumeiro de Santa Catarina
Esta casa pequena, ideal, sobretudo, para grupos de menos de 20 pessoas, merece constar desta lista por três razões: fica numa zona que permite facilmente continuar a noite na Bica ou no Bairro Alto; não é nada caro e a cozinha, em que todos os produtos têm um elemento fumado, é original e heterogénea, capaz de agradar a gregos e troianos.

Travessa do Alcaíde, 4C (Santa Catarina). 21 347 1002 / 92 640 9775. De terça a sábado das 19h00 à 00h30. Preço médio: 15€

Atalho Real
Está para muito breve a reabertura do jardim deste autêntico paraíso dos carnívoros, onde se pode escolher o animal, o tipo de corte da carne, o peso e até os acompanhamentos. Até lá os grupos podem ficar numa das salas interiores que também não vão mal servidos. Nota importante: há boas saladas e um hambúrguer vegetariano.

Calçada da Patriarcal, 40 (Príncipe Real). 21 346 0311. Todos os dias, das 12h00 à 00h00. Preço médio: 20€

atalho real

Enquanto o jardim não abre, esta é uma das mesas disponíveis para grupos. A vaca é uma boa cábula. (foto: Atalho Real / Facebook)

Forno D’Oro
Tanka Sapkota — ou Giovanni, como gosta que lhe chamem — é tão bom anfitrião que não seria inédito vê-lo oferecer uma garrafa de vinho a grupos grandes que se desloquem à sua pizzaria em noite de celebração. Entre as criações deste pizzaiolo ‘nepalitano’ (é napalês mas foi em Nápoles que aprendeu a mexer na massa) consta uma calzone com molho de francesinha. Isso mesmo. E também há boas cervejas artesanais italianas para acompanhar.

Rua Artilharia 1, 16 (Rato). 21 3879944. Todos os dias das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00. Preço médio: 25€.

Cozinha Popular da Mouraria
Não é um restaurante na aceção clássica da palavra, antes um projeto comunitário em que participam diversos voluntários e moradores do bairro. Destaque para a focaccia servida nos jantares de grupo (15€/pessoa), onde a ementa pode ser tão variada como cachupa ou pataniscas com arroz de feijão. O espaço é castiço e acolhedor.

Rua das Olarias, 5 (Mouraria). 92 652 0568. Os jantares são sempre feitos por marcação. Preço médio: 15€

cozinha popular mouraria

Entre jantar na Cozinha Popular da Mouraria e na casa de um amigo não há grandes diferenças. (foto: Cozinha Popular da Mouraria / Facebook)

O Eurico
À primeira vista parece apenas mais uma tasquinha de bairro, como tantas outras que há nas redondezas. O que poucos sabem é que quando o grupo justifica, o gentil senhor Eurico estende uma mesa na mercearia contígua ao restaurante. Uma experiência única que a cozinha honesta, à base de grelhados, consegue tornar ainda melhor.

Largo de São Cristóvão, 4 (Mouraria). 21 886 1815. De segunda a sábado das 09h00 à 00h00. Preço médio: 10€

PORTO

Nabos da Púcara
Também no Porto é possível comer nos corredores de uma mercearia, se bem que, neste caso, se trate de uma chamada mercearia fina, com produtos gourmet. É o Nabos da Púcara, um híbrido loja/restaurante na Baixa, com uma cozinha à base de petiscos criativos e um conjunto de mesas, feitas de paletes, não menos criativas.

Rua da Picaria, 40 (Baixa). 93 046 6494. De terça a sábado, das 11h00 às 23h30. Preço médio: 15€

Brick Clérigos
Para grupos de 15/20 pessoas a mesa comunitária do Brick (que nos dias normais é partilhada por vários grupos) é dos melhores palcos que se pode ter no Porto para um jantar deste género. Um espaço familiar, com pinta, em que a ementa à base de sandes, tostas e petiscos diversos prima sempre pela originalidade e qualidade na apresentação. No verão, a esplanada também é uma opção a considerar.

Rua Campo Mártires da Pátria, 103. De terça a sexta das 12h00 às 17h00 e das 19h30 à 00h00. Sábados e feriados das 14h00 às 18h00 e das 20h00 às 02h00. Preço médio: 12€

brick clérigos

Os responsáveis pelo Brick, Luís e Melanie, à porta do restaurante. (foto: Armando Rafael Moutela / Facebook Brick Clérigos)

Taberna de Santo António
Se a vontade do grupo for alimentar-se a preceito, à base de cozinha tradicional feita com uma mão só comparável à de certas avós, nada como optar pela casa de Dona Hermínia e o senhor Vítor, a magnífica Taberna de Santo António.  Das pataniscas com arroz de feijao à vitelinha estufada com puré, da cabidela aos rissóis de tudo e mais alguma coisa (fritos ao momento), não esquecendo a magnífica mousse de chocolate de sobremesa, aqui come-se como em casa de um familiar. E paga-se quase o mesmo.

Rua das Virtudes, 32. 22 205 5306. De terça a domingo, das 07h00 às 02h00. Preço médio: 10€

Tapa Bento
Onde outrora ficava o Bzzz, casa mítica da cidade, conhecida por ficar aberta até bem tarde, está desde o verão passado este Tapa Bento, uma petiscaria de inspiração ibérica com uma vasta lista de sugestões, tanto do mar como da terra. Podem combinar-se menus de grupo antecipadamente ou deixar os convidados escolher à carta. No primeiro andar há uma varanda para fumadores e logo ali ao lado fica um dos espaços noturnos (e não só) mais recentes do Porto, a Locomotiva.

Rua da Madeira, 222 (São Bento). 22 203 4115. Todos os dias das 12h00 à 00h00 (sexta e sábado até às 02h00). Preço médio: 15€

tapa bento (maria begasse)

Como se vê, a lista de petiscos do Tapa Bento é vasta e inclui opções para todos os gostos. (foto: Maria Begasse / tapabento.com)

Vira Lata
Petiscos originais (como o hambúrguer de morcela ou revueltos diversos, entre outros), ambiente descontraído e preços democráticos são os grandes argumentos do Vira Lata, uma petisqueira na Cordoaria que veio, em 2013, ocupar o lugar da Casa Correia, uma célebre tasca portuense, conhecida pelas tripas.

Rua Dr.Barbosa de Castro, 74 (Cordoaria). 96 696 1553. De terça a sábado das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00 (sexta e sábado até às 02h00). Preço médio: 12€

Miss’Opo
Este restaurante/guest house é conhecido, entre outras coisas, por um prato chamado Faz-te à Vida que anima sempre qualquer grupo: trata-se de uma conserva selecionada, temperada e montada pelo próprio cliente. Além deste, as diversas ‘missezinhas’ da carta garantem variedade de escolha. Não raras vezes, há (boa) música a acompanhar a refeição.

Rua dos Caldeireiros, 100 (Clérigos). 93 324 0236 / 93 645 7807. De terça a domingo, das 20h00 à 00h00. Preço médio: 15€

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A sala de refeições do Miss’Opo, depois de uma noite animada. (foto: Miss’Opo / Facebook)

Cantina 32
Chamam-lhe, à decoração, “industrial-chic”. Mas a designação pouco interessa — o que vale é mesmo a primeira impressão que este Cantina 32 causa no comum visitante e essa é, sem dúvida, a melhor. A cozinha de Luís Américo faz o resto, tanto nos petiscos partilháveis como nas doses mais substanciais, sem esquecer o famoso cheesecake servido num vaso. Para facilitar a logística peça uma das mesas corridas .

Rua das Flores, 32. 22 203 9069. Segunda-feira das 19h30 às 22h30 e de terça a sábado das 12h30 às 23h00. Preço médio: 20€