“Equacionem sempre o que cada um de vós pode fazer pelo sucesso desta empresa. A PT Portugal precisa que mantenham a vossa atitude, o vosso entusiasmo e a vossa competência”. Foi com a adaptação da célebre frase do presidente americano John F. Kennedey – “Ask not what your country can do for you, ask what you can do for your country” (Não perguntem o que o vosso país pode fazer por vocês, mas sim o que cada um pode fazer pelo seu país) – que Armando Almeida se despediu dos cerca de 12 mil colaboradores da empresa.

Numa altura em que ainda não se conhece o nome do novo presidente executivo da empresa, cuja compra pela Altice foi concretizada esta terça-feira, Armando Almeida faz o balanço dos quase 10 meses em que liderou a maior empresa portuguesa de telecomunicações. Apesar de ter apanhado um “período atípico” e um contexto “adverso e complexo”, que resultou da perda do investimento na Rioforte e da revisão dos termos da fusão com a Oi, o gestor faz um balanço positivo do seu curto mandato:

A PT Portugal continua, hoje, líder incontestado e conseguimos, inclusive, aumentar a nossa quota de mercado em vários segmentos. Continuámos a investir e a ditar tendências. A marca MEO ocupa o primeiro lugar nos principais rankings de notoriedade; o SAPO renovou a sua imagem para se tornar mais digital, mais moderno e orientado para o futuro; criámos uma oferta convergente adaptada ao segmento empresarial, o Global Connect, e dotámos o MEO de uma nova user interface considerada pelos utilizadores a melhor experiência de TV. Tudo isto são provas inequívocas de que a empresa continua focada no que é realmente importante: os nossos clientes e a sua experiência com os nossos produtos e serviços.

Na sua passagem pela PT Portugal, empresa cujo acionista passou a ser a brasileira Oi, a partir de maio do ano passado, Armando Almeida assinala que apresentou um plano estratégico assente em três pilares: liderança, inovação e eficiência operacional. Um estratégia mais consequente e o plano de reestruturação acabaram por ficar para o novo acionista, já que durante a maioria do seu mandato Armando Almeida geriu com a incerteza resultante do processo de venda da PT Portugal, conhecido em outubro do ano passado.

O gestor lembra ainda que a PT Portugal é uma empresa muito importante para país e que Portugal precisa de uma PT forte e apostada em promover o desenvolvimento económico, a competitividade e a produtividade das empresas, mas também das pessoas, pela aposta na economia digital.

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