As Nações Unidas investigaram a guerra na Faixa de Gaza em 2014 e chegaram à conclusão que suspeitas de crimes de guerra cometidos tanto pelo lado de Israel como pelo lado do Hamas. Um relatório divulgado pela instituição esta segunda-feira dá conta que a ONU acusou Israel e a Palestina de múltiplas violações da lei internacional.

De acordo com o relatório divulgado pela ONU (pode ser consultado aqui), “a impunidade prevalece em toda a faixa” no que diz respeito às ações das forças israelitas em Gaza. Os peritos do Conselho de Direitos Humanos da ONU apelam a que Israel “rompa com o lamentável recente historial de manter os responsáveis” que cometeram estes atos. A equipa de peritos diz que aquele país lançou seis mil ataques aéreos em Gaza e muitos destes ataques atingiram prédios habitacionais. “Pelo menos 142 famílias palestinianas tiveram três ou mais membros mortos no mesmo ataque”. A ONU diz que uma vez que foram usadas armas de grande precisão e que mesmo assim foram atingidos habitações civis que leva à suspeita de que os ataques foram planeados uma vez que não foi dada qualquer explicação para esta contradição. Como tal, diz o relatório que em alguns casos “um ataque a uma casa direta e intencionalmente sem objetivo militar específico, equivaleria a uma violação do princípio da distinção” e como tal “pode também constituir um ataque direto contra objetos civis ou contra civis” ou seja “um crime de guerra sob a lei penal internacional”.

Já no que diz respeito às acusações ao grupo armado Hamas, a ONU diz que há uma “natureza indiscriminada” no lançamento dos rockets e morteiros disparados para o lado de Israel. Para a ONU “qualquer ataque de morteiro dirigido contra civis constitui violações do direito humanitário internacional, em particular do princípio da distinção, o que pode constituir um crime de guerra”.

Tal como do lado israelita, a ONU diz que os responsáveis políticos têm falhado em levar os violadores da lei internacional à justiça.

De acordo com os números da ONU, no ano de 2014, morreram 2251 palestinianos, 1462 civis dos quais 299 eram mulheres e 551 eram crianças crianças. Do lado de Israel morreram seis civis e 67 soldados.

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