Entre elogios a Miguel Albuquerque, o “rosto e alma do novo tempo que se abriu na Madeira” na era pós-Jardim, e muitas críticas ao Partido Socialista, Pedro Passos Coelho voltou a pedir aos portugueses que digam “à oposição que ela é precisa em Portugal, mas não para governar”. Porquê? O primeiro-ministro responde: “Porque quando a oposição esteve no Governo, foi um desgoverno para o nosso país”.

No Chão da Lagoa, para participar na festa do PSD-Madeira – a primeira vez que o faz desde que foi eleito primeiro-ministro – Passos fez questão de lembrar que “as dificuldades” que o país atravessou nos últimos quatro “não foram trazidas” pelo atual Executivo, mas sim pela “crise”. “E quem trouxe a crise a Portugal não foi o Governo PSD/CDS. Foram os socialistas em muitos anos de Governo em Portugal”, acrescentou o líder da coligação.

O mote estava dado e Passos não se ficou por aqui nas críticas aos socialistas. “Depois de muitas facilidades, com muito dinheiro a correr no país ao longo destes anos, o que aconteceu foi o crescimento do desemprego e da estagnação da economia”, disparou o primeiro-ministro, antes de apontar o seu caminho: “Não podíamos continuar como estávamos. Os portugueses não comem TGV’s, os portugueses não comem autoestradas, nem comem dívidas. Têm de as pagar e suportar e, por isso, não se esquecem desse tempo em que se preparou esta crise que agora vencemos”.

“E agora que mostrámos que é possível diminuir o desemprego, criar emprego e pôr a nossa economia a crescer, que já não nos estamos a endividar perante o exterior – o que estamos a fazer é a pagar as nossas dívidas como gente honrada que somos -, agora que os hospitais têm dinheiro que lhes foi sempre negado pelos socialistas, (…) agora podemos olhar para Portugal e saber que Portugal hoje pode sonhar mais e pode chegar mais longe, hoje até a oposição se entusiasma com o futuro”, afirmou Passos.

Mas no meio da enxurrada de críticas aos socialistas, o primeiro-ministro não se esqueceu de elogiar o Presidente do Governo Regional da Madeira, “pela esperança enorme que deu aos madeirenses no futuro da Madeira”.

Para Passos, o sucessor de Alberto João Jardim conseguiu virar a página – equilibrar as contas, leia-se – e melhorar as relações com o Governo da República. E, por isso, o líder da coligação não escondeu o “orgulho muito grande no trabalho que este Governo Regional tem feito nestes 100 dias e que é uma pequena amostra de como a Madeira pode recuperar muita da sua ambição, confiança e esperança no futuro”.

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