Pelo menos 40 migrantes morreram a bordo de uma embarcação no Mar Mediterrâneo, a norte da Líbia, anunciou este sábado a Marinha Italiana através do Twitter. Para além das vítimas mortais, no interior do barco encontravam-se ainda cerca de 312 pessoas, que foram resgatadas ao longo da tarde.

A embarcação foi detetada durante a manhã de sábado por um helicóptero da Marinha Italiana, a cerca de 21 milhas da costa líbia, a sul da ilha de Lampedusa. A operação de resgate, levada a cabo pelo navio Cigala Fulgosi, começou pouco tempo depois, às 7h (6h em Lisboa). No interior do barco, em excesso de carga e prestes a afundar-se, estavam cerca de 312 migrantes.

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As vítimas foram encontradas no porão da embarcação e acredita-se que tenham morrido devido à inalação de gases tóxicos. Parece que morreram devido à inalação de fumo do tubo de escape” do barco, disse Massimo Tosi, da Marinha Italiana, à RAINews. De acordo com o Ministro do Interior, ainda existem “vítimas por contar”.

Ao canal de televisão, Tosi acrescentou que entre os sobreviventes encontravam-se 45 mulheres e três crianças.

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De acordo com vários testemunhos de sobreviventes de travessias entre a Líbia e Itália, os contrabandistas costumam usam o espaço do porão para colocar os migrantes que pagam o preço mínimo da viagem. Uma vez aí fechados, os migrantes correm o risco de morrer asfixiados pelos vapores de combustível ou afogados, caso o barco afundar.

É costume os contrabandistas, ou até mesmo os passageiros do convés, recorrerem à violência para evitarem que os migrantes saiam do porão, evitando assim que os barcos sobrecarregados virem.

Segundo uma estimativa da Organização Internacional de Migração (IOMC), já morreram mais de 2.300 migrantes desde o início do ano. Todos os dias são resgatados cerca de mil migrantes ao largo da costa de Itália e Grécia.