O presidente dos Estados Unidos da América conseguiu, esta quarta-feira, garantir o apoio do Senado face ao acordo sobre o programa nuclear do Irão. Barack Obama tem, agora, 34 senadores do seu lado, o número mínimo para garantir que o que ficou estipulado em julho avance apesar das reservas do Senado.

O voto da senadora Barbara Mikulski, de Maryland, foi decisivo para fazer valer o veto de Obama caso os republicanos tentem um bloqueio na Câmara dos Representantes, tal como é esperado — desta forma, os republicanos não conseguem a maioria de dois terços necessária para contrariar o veto presidencial.

Apesar de votar a favor, Mikulski disse que “nenhum acordo é perfeito, especialmente um negociado com o regime iraniano”. No comunicado divulgado esta quarta-feira, a senadora referiu-se à decisão como a “melhor opção disponível” de modo a evitar que o Irão tenha acesso a bombas nucleares. Argumentou ainda que o Congresso deve “reiterar” o empenho dos EUA tendo em conta a segurança de Israel. O Senado vai votar o assunto no final do mês de setembro. Até lá, a Casa Branca ambiciona conseguir mais sete votos com o objetivo de pôr em prática um movimento legislativo conhecido como filibuster — capaz de prevenir uma votação final e de fazer com que Obama não tenha de usar o seu veto.

Em julho deste ano, as negociações entre ministros dos Negócios Estrangeiros do Irão e seis potências mundiais (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) terminaram com um acordo histórico: as sanções impostas a Teerão serão aliviadas caso o país dê por terminado as suas aspirações nucleares, evitando assim a construção da bomba atómica.

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