O número de imigrantes expulsos por Angola desceu praticamente para metade na última semana, cifrando-se, ainda assim, em cerca de 870 casos, segundo dados disponibilizados hoje à Lusa pelo Serviço de Migração e Estrangeiros (SME).

Os números dizem respeito ao período entre 08 e 14 de outubro, com o SME a informar que “afastou” de Angola, por via administrativa e judicial, um total de 868 estrangeiros que residiam no país “em situação migratória ilegal”.

Entre o final de setembro e o início de outubro, as autoridades angolanas estavam a expulsar do país, semanalmente, mais de 1.600 estrangeiros.

O Governo de Angola gasta em média cerca de um milhão de dólares (890 mil euros) anualmente com o processo de repatriamento de imigrantes ilegais, que este ano já ultrapassam as 50.000 pessoas.

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Segundo informações que as autoridades angolanas vão tornando públicas, um dos focos da incidência destas situações de permanência ilegal no país acontece no interior norte de Angola, com centenas de cidadãos da vizinha República Democrática do Congo (RDCongo) detidos no garimpo, também ilegal, de diamantes.

Os números oficiais mais recentes do SME indicam que estão contabilizados, através dos Centros de Detenção de Estrangeiros Ilegais, 402 cidadãos detidos por situação migratória irregular – igualmente em forte queda face às últimas semanas -, e que “aguardam o regresso aos respetivos países de origem”.

São maioritariamente da RDCongo (115), mas há também 83 cidadãos da Guiné-Conacri na mesma situação, de acordo com os mesmos dados.

Ainda segundo o balanço mais recente do SME, no mesmo período, por infrações migratórias, foram aplicadas multas a 108 cidadãos e 20 empresas.