Governos reunidos, fronteiras controladas, aumento de segurança em embaixadas, consulados e institutos culturais. Os ataques em França tiraram a vida a 128 pessoas, deixaram outras 80 em estado crítico e uma Europa em estado de sítio.

Na reação imediata ao ataque, François Hollande convocou o seu conselho de ministros, cancelou a sua ida à reunião do G20 em Ancara, na Turquia, e reforçou a segurança, nas ruas e nas fronteiras. 1500 militares foram destacados para as ruas de Paris.

Mas não é só em França que se estão a fazer sentir as consequências. No Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália foram convocadas reuniões de emergência dos respetivos governos, reforçada a segurança nas fronteiras e nos aeroportos e estações de comboio. Em todos estes países a segurança foi ainda reforçada nas embaixadas, consulados e nas instalações do Liceu Francês.

Reino Unido — David Cameron anunciou que está a rever a política de segurança ainda antes de tomar medidas, e o Governo está a recomendar prudência aos seus cidadãos e que evitem edifícios públicos em França. A Eurostar cancelou as viagens nos seus comboios para Paris. O nível de alerta terrorista está em quatro, o segundo mais alto, e não deve ser alterado para já, segundo as autoridades britânicas. 

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O aeroporto de Gatwick, em Londres, foi evacuado após a detenção de um cidadão francês de 41 anos que tinha na sua posse uma arma. A polícia ainda não determinou quais as intenções do homem detido.

Bélgica — Com dois dos seus cidadãos entre os 128 mortos no atentado, o Governo apelou aos seus cidadãos para evitarem viagens para França. Em Bruxelas, três operações policiais relacionadas com os atentados levaram à detenção de várias pessoas. A imprensa local diz que três dos atacantes seriam provenientes do bairro da capital onde a polícia realizou as três operações.

As estradas em direção a França, os caminhos-de-ferro e aeroportos estão sob vigilância apertada.

Holanda — Em Amesterdão, um avião que tinha como destino território francês foi evacuado após ameaças no twitter contra este voo. A segurança nas fronteiras, aeroportos e estações de comboio foi também reforçada. O primeiro-ministro holandês diz que o seu país “está em guerra” com o Estado Islâmico.

Alemanha — Angela Merkel convocou uma reunião de emergência do seu Governo e o ministro do Interior fez um apelo público para não se fazerem ligações entre os atentados e a crise dos refugiados. Na Baviera, a polícia alemã diz que um homem detido no início do mês quando transportava explosivos no carro em que viajava pode estar ligado aos atentados de Paris.

Polónia — O futuro ministro dos Negócios Estrangeiros do novo Governo conservador polaco diz que à luz dos atentados, não há capacidade politica para respeitar os acordos europeus de realojamento dos refugiados.

Bulgária — O primeiro-ministro búlgaro pediu aos seus cidadãos para vigiarem de perto os seus refugiados e prestarem atenção a “comportamentos suspeitos”. O Governo reforçou ainda os controlos fronteiriços para quem entra a pé ou através de qualquer veículo.

Áustria — Em Viena foi suspensa a realização de um famoso mercado de natal, devido a questões de segurança.

Itália — O primeiro-ministro italiano decidiu aumentar o controlo nas fronteiras e a segurança em todo o país.

Espanha — Para já, o nível de alerta terrorista está em 4, o segundo mais elevado. As entidades responsáveis pelo combate ao terrorismo estão reunidos para avaliar o nível de ameaça ao país, que recebeu recentemente ameaças do Estado Islâmico.

Suíça — O Governo colocou os seus serviços de segurança em “estado de alerta acrescido”.

Portugal — A PSP anunciou o reforço da segurança em infraestruturas estratégicas, caso dos três aeroportos nacionais, e das embaixadas de França, da Alemanha, dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Rússia — A Rússia, uma das principais implicadas na questão Síria, também colocou os seus serviços de segurança em alerta “elevado”, alegando “novas ameaças”.

União Europeia — Num comunicado, os chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros consideram os ataques em Paris como um ataque contra toda a União Europeia. ““É um ataque contra todos nós. Vamos enfrentar esta ameaça juntos, com todos os meios necessários e uma determinação implacável”.