A Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira anunciou que a colónia de lobos-marinhos nas Ilhas Desertas tem duas novas crias.

Segundo uma nota daquele departamento governamental, a colónia tem neste momento cerca de 40 indivíduos, tendo este ano, de acordo com os dados recolhidos, nascido três novas crias, dois machos e uma fêmea, mas uma delas morreu.

Segundo a Secretaria Regional, o pico de nascimentos de lobos-marinhos nas Ilhas Desertas acontece em outubro e as crias começam a fazer as suas primeiras incursões no mar, acompanhadas das suas mães, em novembro.

Nesta altura, o Parque Natural da Madeira começa a fazer a monitorização dos jovens animais a partir de postos de observação e as câmaras fotográficas automáticas instaladas no âmbito do projeto “LIFE Madeira Lobo-marinho” é que “irão revelar o percurso de vida destes jovens animais”, adianta.

As Ilhas Desertas, com uma área de 14 quilómetros quadrados, são constituídas pelo Ilhéu Chão, a Deserta Grande e o Bugio. Foram propriedade privada de famílias inglesas, tendo sido compradas pelo Estado Português e são uma das reservas naturais existentes no arquipélago.

Um dos mais conhecidos projetos ali em curso é o de proteção da colónia dos lobos-marinhos, que permitiu, nos últimos anos, aumentar a população daquela espécie, classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como em “Perigo Crítico”, não existindo mais do que 500 animais em todo o mundo.

Nas Ilhas Desertas, em 1988, existiam apenas entre seis a oito espécimes, tendo presentemente o Parque Natural da Madeira identificados cerca de 40 exemplares distribuídos pelas Ilhas Desertas e Ilha da Madeira.

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