A China pediu à União Europeia (UE) para pôr fim às medidas ‘antidumping’ às importações de painéis solares, numa altura em que o bloco vai estudar se as mantêm, dado que expiram dentro de dias após dois anos em vigor.

Em comunicado, citado, no sábado, pelos órgãos de comunicação chineses, o Ministério do Comércio indica que prorrogar a vigência das referidas medidas “prejudicaria os interesses de ambas as partes”, pelo que espera que a UE acabe com estas políticas “o mais breve possível” para melhorar a relação económica bilateral.

“Os painéis solares e os componentes relacionados são importantes para o desenvolvimento de energias ‘limpas’ e ajudarão os países a cumprir os seus objetivos de redução de emissões na luta contra as alterações climáticas”, afirmou o ministério.

A Comissão Europeia (CE) anunciou, este sábado, uma avaliação intercalar parcial das medidas aplicáveis às importações de módulos fotovoltaicos de silício cristalino e de células originárias ou procedentes da China. Este exercício limita-se a examinar “se responder ao interesse da União manter as medidas atualmente em vigor”, segundo a CE.

As medidas em causa foram impostas no final de 2013 para desagrado de Pequim que respondeu com uma investigação ao vinho europeu exportado para a China, também por suspeitas de prática desleal.

A EU ProSun, organização do setor que denunciou as práticas de alguns produtores chineses neste mercado, assinalou que as medidas ‘antidumping’ permanecerão em vigor até 2016, enquanto durar a investigação, a qual se pode prolongar por até 15 meses.

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