Vai mesmo acontecer. A 25 de janeiro, os líderes do governo e de grupos rebeldes da oposição na Síria vão começar a discutir as condições para firmar um acordo de paz no país. A garantia foi dada na quarta-feira a duas vozes: a de John Kerry, secretário de Estado norte-americano, e a de Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

O anúncio surgiu após ambos os diplomatas se reunirem na Suíça. As conversações de paz, que serão medidas pelas Nações Unidas, agendadas para segunda-feira, em Genebra, porém, ainda têm alguns pontos de incerteza. Sendo certo de Bashar Al-Assad, presidente sírio, representará o lado do governo, ainda não se sabe quem será o líder que marcará presença nas negociações em nome dos grupos de oposição.

Este poderá não ser o único problema. O New York Times escreve que, ao fim de quase cinco anos de conflito interno — em que os EUA apoiam os rebeldes, enquanto a Rússia e o Irão têm estado do lado do governo sírio –, Bashar Al-Assad estará cada vez mais confiante numa vitória e, como tal, menos recetivo a participar nas negociações de paz. O diário norte-americano defende que esta é uma preocupação de grande parte dos diplomatas do país que estão envolvidos neste processo.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros russo enalteceu a importância de as reuniões começaram em janeiro. “Esperamos que as negociações arranquem já este mês. Tenho de realçar, claro, que este processo levará muito tempo, pois há uma vasta lista de tarefas para serem resolvidas”, explicou Sergei Lavror, citado pela agência Reuters. John Kerry foi pelo mesmo caminho: “Não temos intenções de adiar as conversações para fevereiro. Isto é a posição tanto dos EUA como da Rússia”.

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