Há um ano que a Nova Zelândia prepara uma eventual mudança de bandeira. Mas, afinal, é bem possível que fique tudo na mesma, avança o jornal britânico The Guardian.

A ideia inicial partiu do primeiro-ministro neozelandês, John Key, em março de 2014. Desde setembro de 1907 que o país não está sob o domínio do Reino Unido e, mais de cem anos depois, a representação da bandeira britânica ainda aparece num dos cantos do símbolo nacional.

A bandeira finalista já foi escolhida entre um leque de quarenta opções, com o povo a optar por um desenho preto e azul, com o tradicional feto na diagonal. E esta semana está a realizar-se o referendo final, no qual o povo terá de se decidir pela nova ou pela atual bandeira

Ora, é aqui que reside o problema. Uma sondagem realizada na última semana de fevereiro mostra que quase dois terços da população prefere manter a bandeira atual. Além disso, 59% concorda que o processo de mudança de bandeira foi “uma distração e um desperdício de dinheiro” e que rejeitar a nova bandeira irá “enviar uma mensagem [ao primeiro-ministro] John Key”, escreve o The Guardian.

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De acordo com a sondagem, apenas 32% dos neozelandeses é a favor da mudança para a nova bandeira, enquanto 9% dizem-se indecisos. Os mais jovens serão os que mais se opõem à alteração do símbolo nacional, indica uma atualização ao estudo publicada na última semana.

O referendo final, que se realiza por via postal, começou a 3 de março. Termina esta quinta-feira, dia 24, com os resultados preliminares a serem conhecidos logo pela manhã (hora de Lisboa).

A nova bandeira foi desenhada por Kyle Lockwood, um neozelandês a viver em Melbourne, na Austrália. As cores predominantes são o preto e o azul. O feto, elemento que atravessou “várias gerações desde há 160 anos”, simboliza o crescimento da nação e a sociedade multicultural. As estrelas, que também fazem parte da atual bandeira neozelandesa, representam a constelação de Cruzeiro do Sul.