“As coisas estão terríveis aqui em Portugal, mas não tão terríveis como há um par de anos”, é como o nobel da economia Paul Krugman, em Lisboa para um congresso, começa a sua mais recente coluna no New York Times, mais uma vez sobre as debilidades estruturais da economia na zona euro.

Sobre Portugal só mesmo essa frase. “A economia diabética”, título do artigo, da zona euro depois de oito anos de crise continua sem fim à vista, diz o consagrado economista, e questiona o que têm sido encarado como boas notícias na frente económica: desemprego acima de 10% e a dimensão da economia um pouco superior ao que era antes de 2008.

“Queixamo-nos, e bem, sobre o ritmo lento da recuperação norte-americana – mas a nossa economia já é 10% maior do que era antes da crise, enquanto a nossa taxa de desemprego já é inferior a 5%. E não há, como disse, fim à vista no crónico fraco desempenho da Europa”, afirma Paul Krugman.

Paul Krugman dá mesmo o exemplo de Espanha que, diz, por estes dias é vendido como uma história de sucesso quando a sua taxa de desemprego entre os jovens ainda está nos 45%.

O nobel defende que a Europa devia investir mais, nomeadamente em infraestruturas, e que as principais economias deviam gastar mais, algo que beneficiaria as economias dos países periféricos, caso de Portugal.

A conclusão: “Visitar a Europa pode fazer com que o um americano se sinta bem com o seu país”.

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