À semelhança do que acontece em Berlim, desde o início de maio, também a Islândia quer restringir os alugueres através da plataforma online Airbnb. A proposta de lei que poderá ser aprovada já esta semana pretende limitar o número de dias que os residentes podem alugar as suas propriedades aos turistas — 90 dias por ano, sendo que caso ultrapassem esse período de tempo serão forçados a pagar imposto.

A medida em causa pretende encontrar algum equilíbrio tendo em conta a explosão de turismo que o país está a viver, o que de certa forma pode comprometer a paisagem islandesa e o modo de vida tradicional da sua população, tal como explica o britânico The Guardian.

O jornal cita um relatório em particular, que estima um aumento de alugueres via Airbnb na ordem dos 124% em apenas um ano, com mais de 100 apartamentos disponíveis a turistas numa das principais ruas da capital. Como resultado regista-se um aumento dramático nos preços das casas situadas no centro de Reiquiavique.

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Só este ano são esperados 1.6 milhões de visitantes, mais 29% do que no ano passado, um número que contrasta significativamente com a população da Islândia de apenas 350 mil habitantes.

Os culpados de tanto alvoroço serão os glaciares, os fiordes e até o sol da meia-noite, mas não só, uma vez que a paisagem do país serve de local de filmagens para a popular série televisiva “A Guerra dos Tronos”. Acrescente-se que o turismo tem sido a salvação da ilha, cuja economia ficou seriamente afetada na sequência da recessão global de 2008.

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O aluguer via Airbnb tem sido revisto em alguns destinos turísticos. Exemplo disso é o facto de, desde 1 de maio, os turistas estarem proibidos de arrendar apartamentos inteiros por períodos de curta duração através da plataforma em Berlim. Esta foi a solução que as autoridades alemãs encontraram para controlar as rendas, numa cidade onde propriedades disponíveis a longo prazo são cada vez mais escassas.

Em Lisboa o cenário é outro, com o vereador das Finanças da Câmara Municipal de Lisboa a garantir, também a partir do mês de maio, a existência de uma taxa turística aplicada a quem quiser dormir num quarto ou apartamento na capital via Airbnb.