Foi em 1985. Alexis Santos ainda nem era nascido quando Portugal, há 31 anos, meteu ao bolso a primeira medalha em Europeus de piscina longa. A repetição da proeza aconteceu no dia 19 de maio, quando o nadador do Sporting galgou metros na água e agrafou uma medalha de bronze, deixando para trás ainda o recorde nacional, nos 200 metros estilos, em Londres. O português estreia-se este sábado nos Jogos Olímpicos, com os 400 metros estilos (a partir das 17h).

“Comecei a natação aos três, quatro anos. Depois mais a sério foi com nove, dez”, começa por contar ao Observador, na zona mista gigante, onde desagua a Aldeia Olímpica. “Na altura foi o médico que me aconselhou, a mim e às minhas irmãs, porque era saudável. Depois as pessoas começaram a dizer que tínhamos algum jeito. Fomos para a pré-competição e competição. Fui tudo muito natural e muito rápido… E aqui estou, nos Jogos Olímpicos!”

Foi com essa simplicidade, que se imagina nas palavras lidas, que Alexis desmontou 24 anos de vida. “Fiz outros desportos também. A natação sempre foi aquele que mais se destacou, para mim, e no qual eu mais me destacava dos outros meninos da minha idade, na altura. Sentia que nadava mais rápido que eles. Era natural, sempre me senti um pouco diferente a nadar.”

Este atleta que praticou e ainda pratica surf, quando era miúdo aventurou-se ainda pelo judo e futebol. A seleção de Rui Jorge perdeu um extremo não assim tão rápido. Alexis? “Eu achava que sim [que era rápido], mas não tão rápido como na água”, diz, entre risos, como que aceitando a derrota.

Alexis Santos, natural de Lisboa, estreou-se nestas andanças quando representou Portugal na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude. Aos 22 anos já assinava com o seu nome quatro recordes nacionais.

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