O Ministério Público pediu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para ponderar a “intervenção no âmbito diplomático” no caso dos filhos do embaixador do Iraque em Portugal que agrediram o Rúben Cavaco, em Ponte de Sor. “Em causa estão factos suscetíveis de integrarem o crime de homicídio na forma tentada”, diz a Procuradoria-Geral da República em comunicado. Para ouvir os dois gémeos como arguidos é preciso que seja levantada a imunidade diplomática.

Face aos elementos de prova já recolhidos, na sequência de diligências de investigação efetuadas, considera‐se essencial para o esclarecimento dos factos, ouvir, em interrogatório e enquanto arguidos, os dois suspeitos que detém imunidade diplomática”

Tal como o Observador escreveu na terça-feira, a investigação tinha sido passada a uma brigada de homicídios da Diretoria de Lisboa que se deslocou ao terreno, em Ponte de Sor, para inquirir as diversas testemunhas que presenciaram os acontecimentos. Desde os seis amigos de Ruben Cavaco que protagonizaram a primeira rixa próximo do bar Koppus, passando pelos clientes deste estabelecimento de diversão alentejano e terminando nas pessoas que testemunharam o reencontro de Haider e Ridha, os filhos do diplomata iraquiano, com Rúben — todos têm sido localizados e inquiridos pela Judiciária.

Segundo a TSF, haverá uma reunião esta quinta-feira no Ministério dos Negócios Estrangeiros com o encarregado de negócios do Iraque para ser pedido o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador. O inquérito está em segredo de justiça.

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