A associação ambientalista Zero considerou histórico o progresso alcançado no combate às alterações climáticas, afirmando que o acordo de Paris, ratificado pelo parlamento chinês, poderá entrar em vigor este ano, quatro anos antes do previsto.

“A ratificação pela China (com emissões de 7,5 mil milhões de toneladas/ano, cerca de 20 por cento do total global — Portugal tem cerca de 65 milhões de toneladas) é um passo extremamente relevante”, afirmou a Zero — Associação Terrestre Sustentável, em comunicado.

Entretanto, ao final da manhã deste sábado, foi anunciada a ratificação conjunta do acordo pela China e Estados Unidos.

“Os EUA representam 18% das emissões globais”, indica a Zero, acrescentando que a União Europeia é responsável por 12% e terá um Conselho Europeu de Ambiente em que será discutida a ratificação do Acordo de Paris como “um objetivo prioritário”.

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A entrada em vigor do Acordo de Paris “acontecerá quando houver 55 países responsáveis por 55% das emissões globais que tenham ratificado o acordo”, lê-se no documento.

A Zero acredita que com a China, os EUA e a União Europeia, mais 24 países que já ratificaram o acordo, mas que representam apenas 1% das emissões, se atinjam os 51%, o que “torna possível” viabilizar o acordo ainda este ano, “quatro anos antes do inicialmente previsto”, quando da aprovação em dezembro de 2015.

A associação espera que a ratificação por Portugal aconteça nas próximas semanas e sublinha que no dia 21 as Nações Unidas promovem, em Nova Iorque, um evento sobre o processo.

Em novembro, acrescenta, realiza-se a 22.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas em Marraquexe.

A Assembleia Nacional Popular, o parlamento chinês, ratificou hoje o acordo alcançado na cimeira do clima de Paris (COP21) do ano passado, um importante passo para que o pacto possa entrar em vigor.