A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, pronunciou-se este domingo sobre a morte dos dois militares que frequentavam o curso de comandos lembrando que “é muito importante não confundir” este caso com a extinção dos comandos.

“É muito importante não confundir os temas, é muito importante que se apurem as causas, que se apurem os métodos e depois que se possam fazer discussões mais alargadas. Mas eu diria que não se podem confundir as coisas”, afirmou a dirigente centrista em visita às Feiras Novas de Ponte de Lima.

Assunção Cristas defendeu ainda a necessidade de ser feita uma investigação “o mais aprofundada possível” a este caso, expressando as “mais profundas condolências” pessoais e institucionais do CDS às famílias dos militares que faleceram.

“O CDS vai acompanhar com cautela, também aguardando o resultado da investigação que sei que está a ser uma investigação aprofundada”, acrescentou.

Dois militares dos Comandos do Exército morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no domingo passado (4 de setembro).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No dia do treino, um militar morreu e vários outros receberam assistência hospitalar. No sábado, morreu Dylan Araújo da Silva, que estava internado em estado muito grave, com complicações hepáticas, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, desde o dia 06 de setembro.

O caso já desencadeou investigações na Justiça — instauradas quer pelo chefe do Estado-Maior do Exército, quer pela Procuradoria-Geral da República – e levou à suspensão dos cursos de Comandos do Exército.

No sábado, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu a extinção do regimento, por entender que não responde a uma “necessidade específica” da atual sociedade. A bloquista lembrou que os Comandos estiveram extintos entre 1993 e 2002, tendo sido reativados quando Paulo Portas foi ministro da Defesa.