Flores, árvores, ramos, vasos e outros derivados são as matérias-primas a partir das quais o japonês Makoto Azuma cria obras de arte. E não são só ramos de flores. Veja nesta fotogaleria alguns dos trabalhos mais impressionantes deste artista japonês, de 50 anos, que se considera, “primeiro que tudo, um florista“, e que não esconde que está “a criar uma forma totalmente nova de expressão”.

O artista explicou à CNN que se vê, sobretudo, como um florista. “Crio as minhas obras de arte no sentido de descobrir mais valor e potencial nas flores. Sou um florista da mesma forma que sou um artista, ambos são importantes para mim”, afirma Azuma. “A minha casa tinha um grande jardim, rodeado por natureza muito rica. Todas as manhãs a minha mãe cortava flores do jardim para colocar arranjos à entrada da casa. Estive muito perto da natureza enquanto crescia”, recorda o artista, que acredita que “as flores são a melhor criação artística da natureza“.

Azuma decidiu que as flores serviriam para “mais do que meros ramos para oferecer ou para decorar mesas”, e criou uma “nova expressão nas próprias flores”. É que apesar de a vida de uma flor ser curta, explica o japonês, é “possível capturar a beleza numa fotografia ou num vídeo, enquanto a flor está a mudar a sua forma. É como retirar um momento para guardar a beleza eternamente”.

O projeto mais conhecido do artista chama-se Exobiotanica e “foi uma luta contra uma temperatura de -60ºC”, descreve Azuma. O japonês lançou uma série de arranjos ao espaço, para serem fotografados com o planeta Terra como pando de fundo. “Fazer um objeto artístico não é um objetivo em si. Precisei de escolher flores que se completassem e que fizessem um bom contraste no espaço. Tinha de ter movimento e força”, recordou o artista. A ideia era “mostrar a beleza das flores, até congeladas ou quando se estilhaçassem”.

O artista tem um estúdio em Tóquio, o Jardin des Fleurs, que é mantido à mesma temperatura durante todo o ano, e equipado com uma série de lâmpadas LED “para mostrar as flores no seu melhor”. E não esconde a sua paixão por flores. “As flores têm uma existência muito forte. Um humano precisa de plantas e flores para viver, mas as plantas e as flores não precisam de humanos. São muito fortes”, garante Azuma Makoto.

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