A PSP e o SIS (Serviço de Informações de Segurança) consideram que a probabilidade de ataques terroristas é maior em locais de segurança reduzida (os chamados soft targets) do que em lugares com segurança mais apertada (os hard targets).

75%

Dos ataques terroristas acontecem nos chamados soft targets, ou seja, zonas que, por não serem consideradas de risco, têm poucas medidas de segurança.

De acordo com dados apresentados esta quarta-feira no Estoril, durante uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Segurança, 75% dos ataques terroristas acontecem em alvos considerados menos relevantes em termos de medidas de segurança, contra 25% em locais onde existem fortes dispositivos de segurança, informa a organização da conferência em comunicado.

O intendente Dário Prates, da PSP, presente na conferência, apresentou o aeroporto como exemplo preferencial de ataques terroristas. De acordo com este responsável da polícia, os aeroportos são constituídos sobretudo por soft targets, apesar de incluírem algumas zonas fortemente protegidas, sendo, por isso, mais vulneráveis a possíveis atentados.

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O mesmo considera o Serviço de Informações de Segurança. Mónica Silva, do SIS, também presente na conferência esta quarta-feira, considerou que “é fundamental criar planos de contingência para a prevenção de ataques terroristas a soft targets“, esclarece o comunicado.

Apesar de não existir uma solução que responda a todos os casos, foram destacadas algumas formas de reduzir os riscos, como a “redução da exposição excessiva de detalhes sobre determinado espaço ou de informações sobre os recursos humanos e a presença ou não em determinado local/horário”, acrescenta a nota enviada às redações.

A recomendação da PSP e do SIS surge poucos dias depois de um grupo de trabalho composto por elementos da PSP, PJ, SEF e SIS terem apresentado um plano para reforçar a segurança no aeroporto de Lisboa à ministra da Administração Interna. O plano inclui o aumento da videovigilância no exterior do aeroporto, um melhor recrutamento e seleção dos funcionários do aeroporto e a criação de uma área para filtrar passageiros de risco.

A conferência Proteger decorre até esta quinta-feira, e conta com vários especialistas nacionais e internacionais em matéria de segurança.