A líder do CDS-PP anunciou esta segunda-feira um projeto de lei para que, num tempo de exceção, o salário dos administradores da Caixa Geral de Depósitos tenha o teto do auferido pelo primeiro-ministro, com possibilidade de um prémio por objetivos.

No final de uma reunião com a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) sobre o Orçamento do Estado para 2017, Assunção Cristas explicou aos jornalistas que, relativamente à Caixa Geral de Depósitos (CGD), o CDS-PP vai apresentar no parlamento dois projetos de lei distintos: um a propósito da transparência e outro relativo aos salários dos administradores do banco público.

Durante este tempo de exceção deve haver um teto, na nossa perspetiva o teto do salário do primeiro-ministro, com uma hipótese de haver algum prémio, mas um prémio ligado a objetivos concretos que venham a ser definidos pelo Governo e certamente terá de ficar sempre pela metade daquilo que seria a aplicação normal deste critério”, anunciou relativamente ao diploma sobre o salário dos administradores.

A situação de exceção prende-se, segundo a líder centrista, com a CGD ser alvo de “uma profunda recapitalização que vai implicar envolvimento do dinheiro dos contribuintes” e também com o orçamento para 2017 continuar a ser de austeridade.

Numa situação de normalidade, o critério que existia antes da alteração deste Governo, que era o critério da média dos três últimos salários é razoável porque é um critério que nos permite dizer que as pessoas não vão ganhar nem mais nem menos quando exercem estas funções públicas, portanto permite-nos ter salários compatíveis com a concorrência, mas as pessoas não vão ganhar mais do que já ganhavam”, advogou.

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